O que podemos aprender sobre o processo de tradução do Curso Just Money para Português ?

Desde Maio de 2017 que se desenrolou um processo de tradução voluntário do curso Just Money: Banking as If Society Mattered, de inglês para português. ( https://www.edx.org/course/just-money-banking-if-society-mattered-mitx-11-405x-0).

Vi o apelo à tradução no site do curso, e algo me convidou a ir além e convidar mais pessoas para traduzir, com o consentimento da organização do curso.

A partir de meados de Maio, e mais ou menos de 2 em 2 semanas várias pessoas receberam um email periódico explicando o processo de tradução, bem como um ponto de situação e um recorrente convite à tradução.

Os resultados quantitativos podem representar-se com este gráfico:

Os qualitativos, e o impacto que este processo teve nas várias pessoas que dele souberam e acompanharam, é algo a que se convida a partilhar neste espaço de diálogo.

Proponho um processo estruturado para esta partilha.

Uma vez que tive um papel mais abrangente (e adaptando algo que aprendi no âmbito do processo de lições aprendidas da João Sem Medo - http://www.joaosemmedo.org, e graças ao @marco.abreu), enquanto iniciador, facilitador e tradutor neste processo, procurarei reservar a minha partilha para após ter havido uma partilha (por esta via ou pela via privada) de pelo menos uma pessoa que:

  1. não recebeu o convite para traduzir,
  2. recebeu o convite para traduzir e não aceitou,
  3. manifestou interesse e depois deixou de ter,
  4. manifestou interesse em traduzir e não traduziu
  5. traduziu,
  6. manifestou interesse em estar como observadora, sem traduzir.

Procurando escutar todas estas vozes antes de expressar a minha - que tive uma visão particular enquanto iniciador e facilitador do processo (e porque também de certa forma já fiz algumas partilhas ao longo do processo), permitirem que as várias vozes se expressem de uma forma construtiva e inclusiva (regra geral quem tem uma visão mais ampla de um processo tem mais a dizer sobre ele, e como tal, numa lógica inclusiva e de captar o máximo valor passível de aprendizagem através das perspetivas individuais, deve reservar-se para o final a sua pronúncia).

O convite é que cada pessoa que se pronuncie, diga algo que ainda não foi dito e como tal traga uma perspetiva nova à equação no sentido de enriquecer a consciẽncia coletiva e as possibilidades de aprendizagem.

Proponho a ordem que enumerei acima para a ordem de resposta às seguintes perguntas, sendo que cada pessoa responderá apenas às perguntas que entender e que achar que lhe fazem sentido:

  • O que representa para ti este processo de tradução?
  • O que te lembras do que sentiste (a nível físico e emocial), pensaste, visualizaste sobre este processo?
  • O que achas que é de manter neste processo?
  • O que achas que pode ser feito de forma diferente ?

Peço ainda que cada pessoa que responda comece o seu texto indicando o seu papel (um dos 6 que enumerei ou outro que eu não tenha identificado) neste processo, antes de prosseguir com a sua resposta.

Meu papel: 4

  • Este processo de tradução para mim representa um processo de inclusão e aprendizagem. A minha grande motivação para realizar traduções (do inglês para o português e vice versa) vem da minha percepção de que há um abismo entre os conhecimentos gerados por diferentes culturas. Eu vejo o meu papel de tradutora como equivalente ao meu papel de inclusora, mediadora e facilitadora.

  • Eu me lembro de visualisar o convite do Diogo em um grupo no Facebook e logo senti curiosidade e interesse de participar da tradução. Entretanto, encontrar tempo para realizar esse trabalho no meio de tantos outros com demandas mais urgentes, dificultou o meu engajamento. Eu fiquei especialmente inspirada e motivada pela maneira colaborativa em que as traduções foram realizadas, e minha intenção era participar e aprender com esse processo colaborativo, para facilitar o mesmo em outros contextos.

  • Como não participei da tradução, não tenho elementos para refletir e dar feedbacks sobre o processo em si, portanto as duas últimas perguntas não me fazem sentido.

OBS: Gostaria de continuar conectada e tenho interesse em participar de futuras traduções, entretanto sou nativa do Brasil e portanto posso contribuir com traduções do/para o português brasileiro.

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Obrigado Marianne pela resposta :-).

Tinha pedido em

Proponho a ordem que enumerei acima para a ordem de resposta às seguintes perguntas

seguir-se a ordem de intervenções proposta (primeiro o número 1 e por fim o 6), e a sua resposta faz-me pensar que o texto talvez não tivesse sido claro o suficiente (talvez pela sua dimensão) e refletir sobre a eficácia dessa proposta.

Dito isto, e dado o facto deste processo ser assíncrono, reformulo a proposta a que quem quiser comentar o possa fazer no momento em que sentir dever fazê-lo, pedindo apenas para manter a indicação de qual é o perfil em que se enquadram (para dar contexto ao leitor).