Dia 5 - 2023/07/02

Antes de ler este texto é relevante ler antes: Sobre a categoria Diario pessoal - científico?.

Hoje é um dia em que escrevo para manter o registo de uma entrada por dia.
Faço-o agora, ao fim do dia, 21h49.
Observo a entrada de ontem em Dia 4 - 2023/07/01 e reparo que podia marcar um “visto” à frente de cada uma das intenções.
Esta noite tb considero ter dormido bem, mesmo acordando pouco depois das 4 da manhã com o meu filho a chamar. Levantei-me para ver o que se passava. Tinha sede. Os meus alertas ativaram-se “será que vai fazer xixi na cama?”, após constatar que não tinha feito.
Dei-lhe água para beber, fiquei uns instantes c ele e voltou logo a adormecer.
Depois voltei, pensando quanto tempo demoraria eu a voltar a adormecer…nem sei quanto tempo foi…quando dei por mim estava a acordar já depois das 7, com o meu filho no quarto à minha frente a chamar por mim. Foi como se fosse puxado de repente de um qq sonho que estava a ter.

Lembro-me de ter pensado que gostava de ter memória dos sonhos. Tenho a crença de que me pode servir no sentido de melhor perceber o meu subconsciente. Quiçá um dia.

A manhã de hoje foi pautada por ter deixado o meu filho ver os desenhos animados que queria e por observar uma voz interior que dizia que já era tempo demais, que lhe podia fazer mal, etc.
Esta voz contrapunha-se a uma certa inércia - o ato de nada fazer porque até me permitia fazer outras coisas - no caso, continuar as leituras do processo de reflexão de carreira.
De quando em vez ia dizendo-lhe para ele parar, que não lhe fazia bem…que era importante ser ele a ter noção de quando parar…e depois a perceber que ele não tinha ainda maturidade suficiente para o fazer e lidar com o querer contínuo de “só mais um … eu prometo”, e a reação emocional perante a ameaça de ser eu a interromper a sessão.
Foi preciso lembrar antes do fim desse “mais um” que aquele era mesmo o último, obtendo a confirmação do lado dele. E também entretanto era hora de almoçar. Acho que só mesmo a fome conseguiu motivá-lo a parar por si próprio. E ainda assim não foi logo comer. Foi brincar, eu coloquei a comida na mesa e dei-lhe espaço para vir comer quando quisesse.

O que tenho aprendido sobre o nosso corpo e a alimentação, leva-me a crer que é importante cada um decidir quando quer comer…e não o fazer por obrigação. Então não obrigo. Escolho dar-lhe espaço. Alguns leitores podem ter crenças e opiniões diferentes sobre este tema.
Faço isto pois acredito que é relevante comer apenas quando se tem realmente fome. Felizmente não tenho escassez de comida ao ponto de precisar de “acumular reservas” dentro do meu corpo.

Almoçámos, cada um fez o que queria e de tarde estavamos os dois disponíveis para brincar em conjunto. E assim foi…até chegar o momento de ele me pedir para ir à praia, e pedir para convidar um amigo também.
Olhei para o relógio e senti desconforto: debati-me por um bocado sobre essa ideia de telefonar à mãe desse amigo a convidá-lo à última da hora para ir à praia. Havia também um medo presente de precisar de o ir buscar e andar a passear com os dois de um lado para o outro. Só passado um bocado me ocorreu que os pais tb poderiam vir, e foi então que me convenci a telefonar.
Não podiam.
Fomos nós os 2 à praia.
Observei a brancura dos meus pés ! E o medo de apanhar um escaldão.
Montado o estaminé (levei chapéu de sol) e cremes postos nos dois, seguimos para junto da zona onde o meu filho se sente confortável.
Uma pessoa reconheceu-me na praia, embora eu n me lembrasse dela até ela me explicar de onde nos conhecíamos. Tinha-a acolhido num mercado local de moeda livre que co-organizei…e acho compreensível não me lembrar, considerando que por ali passaram 87 pessoas, sendo que eu acolhi a maioria delas. Ainda assim, parte de mim sente-se triste por não se lembrar. Afinal, há tempos, até fiz um programa onde se falavam de técnicas de memorização de nomes de pessoas.

Chegámos a casa já tarde, só dando tempo para cozinhar, comer e para a mãe do meu filho chegar e ver-nos a comer.
E pronto, lavada a loiça sentei-me aqui a escrever.
Sáo agora 22h20. 31 minutos a escrever.

Boa noite.