Às vezes tenho a sensação de que algo externo a mim comanda o meu corpo.
Dou por mim a fazer coisas sem compreender o porquê de as estar a fazer.
E ao mesmo tempo a acreditar que aquilo que está a acontecer, acontece por um motivo, e que também é para o meu bem.
Ás vezes penso que tenho muitos amigos a querer ajudar-me, mesmo que subtilmente.
E de certa forma observo o meu corpo a reagir e a seguir impulsos.
A masturbação tem surgido como recorrente…Muitas vezes no chuveiro acontece…dou por mim a pensar em alguma relação minha do passado…ultimamente sempre as mesmas mulheres, e noutras alturas um conjunto de mulheres que sei quem são e por vezes até um “venham a mim” apareceu.
E no entanto é-me estranho…é como se não fosse eu a conduzir esse ato.
É considerar que o ato também é bom para a minha saúde e é uma forma de proteção…já que, segundo vi esta manhã, homens que se masturbam mais têm menos probabilidade de desenvolver cancro da próstata…ou pelo menos assim o entendi.
E no entanto, também sinto que há uma descarga energética quando o faço.
Já o fiz a pensar em projetos também.
E quando penso em pessoas em concreto, parece por vezes, que há coisas que acontecem…que elas de alguma forma sabem que o fiz, ou, mesmo não sabendo, agem como se soubessem…
Já aconteceu fazê-lo e depois observar que a pessoa fica mais aberta para me acolher.
E é estranho ter este “poder”…
E também já me aconteceu fazê-lo e depois a reação ser de repulsa também…
Então dou por mim a questionar se vivemos efetivamente uma simulação, e quem a controla.
Por vezes é como se fossemos marionetas nas mãos de outros…e isso só me faz sentido para proteção consciente.
Não para proteção baseada em traumas pessoais que não necessariamente extrapolam para a outra pessoa…
Entretanto, preciso tomar algumas decisões e já tenho trabalho novo para fazer.
Hoje quero decidir se participo ou não no programa de Applied Data Science do MIT.
Receber um telefonema de alguém a oferecer-me um desconto, e depois falar com ele, foi sem dúvida um incentivo neste sentido.
Os coordenadores do curso parecem saber do que falam…ainda que por vezes seja um pouco aborrecido ouvi-los e o meu cérebro desligue a meio.
Os motivos para eu poder considerar este curso de 12 semanas, remoto, são:
- Ganhar maior compreensão sobre machine learning, e sobre utilização de dados para tomar decisões mais eficazes.
- Poder de alguma forma contribuir para uma maior aproximação entre o mundo dos dados e a realidade em redor, no sentido de contribuir para uma melhor qualidade de vida a nível geral, seja local, seja global ou universal…
- Conseguir no fim ou após o curso, libertar-me da dependência financeira dos meus pais, com uma fonte de rendimento estável
- Aproveitar os conteúdos do curso para facilitar as interações humanas, para aumentar a qualidade de vida das pessoas: esse bem-estar e maior resiliência perante as adversidades, para que um dia, talvez, possamos fluir com a Vida…de forma a que tudo tenha um significado.
Mais e mais sinto que o estado “humano” é também ele um estado intermédio.
E pergunto-me sobre qual será o estado “seguinte”, se imaginarmos a vida como algo sequencial. Afinal, na biologia, tudo nasce e morre. Ainda que haja seres e particulas que nasçam e morram mais depressa que outras, e alguns seres aparentemente imortais que habitam este planeta (se não forem comidos entretanto, e mesmo aí me questiono se por cá não continuam, porque no infinitesimal imagino (enquanto não tenho factos que mo comprovem) que a própria noção de Vida seja relativa.
E como por ora navego neste corpo, então é-me importante conhecê-lo e seguir vivendo o mais possível e o melhor possível, até que todos quem sabe um dia, os que queiramos, possamos ter uma visão de mundo no seu todo, e então simplesmente desfrutar deste presente…sem medo de que os recursos acabem, e conscientes que se acabarem, encontraremos outra forma de estar, outra forma de ser.
Agora espirrei…como se estar demasiado tempo a escrever no computador por vezes me despoletasse o espirro…que associo a sensações de frio…ou talvez até de calor. Retiro o casaco feito no equador, e quase de imediato sinto um resfriar…uma ligeira dor de cabeça que se transforma em algo distinto. Sensações. Nariz a entupir. É estranho. Oiço sons no andar de baixo.
Por vezes penso que estou ligado aos vizinhos de alguma maneira…e há dias em que acho que me querem ajudar, e outros que me parecem prejudicar.
É estranho atribuir o meu comportamento a outros…e por vezes as sincronicidades são de tal ordem que é impossível não o fazer.
A grande questão será então e sempre: Qual o caminho que me permite estar e viver no meu máximo potencial, e permitir que outros lá estejam também.
Porque esse jogo em que só um tem o pódio, em que um é melhor que os outros, só me faz sentido enquanto esse melhor servir para, seja consciente ou insconscientemente, ajudar outros a melhorar também…o que quer que isso signifique.
O que significa melhor?
Depende sempre do referencial e dos principios que regem a nossa vida.
Então, o próximo passo é compreender e apreciar e aprender sobre as múltiplas possibilidades da mesma.
De momento o desafio para mim é compreender a relação causa-efeito do que faço, e não passar muito tempo a pensar nisso…
Desde miúdo que tenho essa ideia de me casar…e por vezes esses pensamentos perseguem-me…isso de encontrar uma pessoa com quem partilhar a Vida, ao mesmo tempo que dando espaço-mútuo para cada um se encontrar e descobrir…e idealmente sem prejudicar ninguém em redor…
Ir além-prazer, e a ele regressar de tempos a tempos, para ao além voltar, com novas perspetivas, novas sabedorias, novas entregas.
Onde é o além é algo que me questiono a cada instante.
E se há vários desafios na sociedade atual que precisam ser ultrapassados…o maior desafio para mim é encontrar esse lugar de serenidade interior absoluta e eterna, ao mesmo tempo que consigo apreciar o bom da vida, e relativizar o mal a tal ponto que ele deixa de fazer sentido.
Como então contribuir para uma sociedade de mútuo crescimento…de respeito mútuo e de partilha mútua também, dando espaço para cada um criar ao mesmo tempo relações com o mundo em redor…e sem caber a ninguém destruir tais relações…isto se as relações seguirem esse principo de mútuo respeito e desenvolvimento…e dando oportunidade a que assim o seja…principalmente no caso humano, que é talvez o que conheço melhor…onde há inúmeras oscilações ao longo da Vida.
A pergunta para mim é então:
O que é que eu posso fazer que me permitirá estar bem nos próximos instantes, e contribuir em simultâneo para um mundo melhor para todos os seres?
9h03 da manhã…já depois do pequeno almoço - um leite de amêndoa mais uns cereais altamente proteicos que comprei no lidl há dias.
Claramente preciso resolver o tema económico-financeiro na minha vida, a par com o tema da interação e preparação do JX para o futuro, a par com reencontrar esse ânimo…essa vontade de melhor conhecer as outras pessoas, e de encontrar alguém, uma mulher, a quem amar.
Que mulher será essa a ideal para mim?
Vou observando que existem traços físicos que numa primeira impressão me atraem mais ou menos. E que, há certos aspectos que para mim deixam de ser importantes com o tempo numa relação…que a importância dessas “características” para a relação, embora haja claramente para mim umas que parecem ser, atualmente, mais importantes que outras.
No fundo…alguém que tem paciência para me ouvir, e que eu tenha também paciência para ouvir…e que perante a falta de paciência mutua, damos espaço.
Fisicamente…é mais dificil especificar…mas numa primeira impressão sei que há pessoas que considero mais atraentes que outras…olhando a fotos p.ex, há certas características que ressaltam mais que outras…
E eu não sei se isso é apenas devido a uma cultura intensiva na minha adolescência e em criança de um culto de certo tipos de corpos (creio que sim), ou se haverá algo mais além disso.
Como saber?
E ao mesmo tempo sei que há coisas que me causam repulsa:
- quando se tentam aproveitar de mim. Isso causa-me repulsa. E aqui o problema para mim é o discernimento. O navegar nesse momento em que me parece que alguém se quer aproveitar, e desmontar esse momento logo no instante em que acontece. E esse aproveitar eu sei…está ligado a um certo caminho que a pessoa quer percorrer e que acha que daquela forma o pode alcançar. O desafio para mim então é saber comunicar o desconforto perante um dado momento, para transformar esse momento em algo que sirva bem a ambas as pessoas.
E o servir bem a ambas as pessoas para mim implica diálogo. implica estar presente, mesmo que por vezes sem diálogo verbal. Apenas estar.
É, encontrar esse lugar de perfeita sintonia…e torná-lo o mais duradouro possível.
9h18.