Em conversa ontem com um recente amigo, fiquei a saber da existência de uma analise da personalidade das pessoas através do corpo das mesmas.
E apos alguma pesquisa, percebi que é apresentada no programa “O corpo explica” e baseada nas teorias de Reich e de Lowen: quem desenvolveu a bionergética. O engraçado é que há 10 anos atrás conheci e vivi com pessoas deste mundo da bioenergética.
Qual é entao a proposta (em fase de validação cientifica) destes 5 corpos?
De: https://aanalisecorporal.com.br/os-5-tracos-de-caracteres-que-modelam-o-corpo/
A análise Corporal diz o formato do corpo que sua mente moldou Logo
Você tem muitas perguntas e o seu corpo tem todas as respostasOS CINCO TRAÇOS DE CARACTERES DA MENTE
Um alerta: vamos manter a nomenclatura fiel à literatura científica, então, não se assuste com os nomes.Não estamos falando de nenhum distúrbio e nenhuma patologia.
Esta explicação básica da formação dos cinco traços de caráteres tem nomes que você pode estar acostumado a ver associados a algum tipo de transtorno ou patologia.
Se atente apenas para a formação da mente e do corpo, tudo bem?
O ESQUIZOIDE
Como tudo começa no útero, esse primeiro momento forma o nosso primeiro traço de caráter: o caráter esquizoide.
O que acontece quando um bebê está no útero da sua mãe? Ele não entende o mundo do lado de fora… ele não sabe que esse mundo que a gente conhece existe… tudo que ele percebe de forma sensorial é o útero. O mundo daquela criança é o útero.
O sistema nervoso dela já interage com esse mundo e muitas vezes acontece algo do lado de fora no universo da mãe que afeta e interfere na estrutura desse mundo.
Imagine uma mulher grávida cujo marido perde o emprego de uma hora para outra.
Essa mãe vai ficar super preocupada com o futuro, se vai ter condições de criar o bebê, se vai conseguir trabalhar enquanto ele ainda estiver muito novinho… enfim, várias preocupações passarão na cabeça dessa mãe.
O bebê vai sentir tudo ali dentro do útero. Ele vai sentir, mas não vai entender.
Talvez você esteja se perguntando: “Mas como é que ele sente e como isso tudo afeta a formação da mente e do corpo dele?”
Ele sente porque toda vez que o estado emocional da mãe se altera, o estado fisiológico e físico da mãe se alterar também. Nessa hora, o útero muda. O mundo daquela criança muda também.
Veja: quando está tudo bem, o corpo da mãe manda uma determinada quantidade de sangue para alimentar aquele útero, porém, quando a mãe passa por algum estresse emocional, o estado fisiológico dela muda e o útero começa a receber menos sangue. Então, o útero que estava quente, dilatado e confortável, fica rígido, frio e desconfortável.
Se a mãe estiver bem, o útero recebe o fluxo sanguíneo normal e fica confortável. Se a mãe não estiver bem, o útero fica desconfortável — muito desconfortável.
E aí a pergunta é: o que bebê tem a ver com o que está acontecendo do lado de fora na barriga da mãe?
Nada, mas o bebê se sente rejeitado pelo útero, porque toda vez que ele tenta existir, toda vez que ele se mexe, a mãe “se lembra” de que está grávida e suas preocupações vêm à tona.
Resultado? O “mundo” fica ruim para o bebê.
Ele não entende nada além disso, a única coisa que ele sabe é que quando ele se mexe, ou seja, quando ele existe, o mundo dele está desconfortável.
E aí vem a dor que molda os traços de caráter esquizoide: a dor da rejeição.
Aqui é importante ficar claro que não estamos avaliando ou julgando a intenção da mãe. Não foi a mãe que rejeitou o bebê. Essa é a sensação que ele tem…
O sistema nervoso daquele bebê se sentiu rejeitado pelo MUNDO — que naquele momento para ele era o útero materno.
Todos os traços de caráter são formados por dor, ou seja, pela forma como ele sente aquele momento e não podemos colocar peso nenhum nas outras pessoas, até porque a dor que molda os traços de caráter também dá os recursos e as habilidades que fazem uma diferença na personalidade de cada um.
Essa é a parte mais bonita da técnica criada pelo O Corpo Explica: essa abordagem é muito voltada para o recurso e para as habilidades que cada traço de caractere possui.
Quando as pessoas descobrem seus superpoderes, elas reconhecem suas dores: elas perdoam o mundo, os outros e elas se permitem realizar.
É muito fácil você entender o recurso do esquizoide.
Se coloque no lugar de um bebê que está dentro do útero se sentindo rejeitado pelo mundo.
O que ele pode realmente fazer?
Ele não pode correr, não pode chorar, não tem com quem contar, não consegue chamar ninguém…
Qual é a única coisa que ele pode fazer?
Desligar-se daquele mundo.
E é exatamente isso que ele faz.
É importante você lembrar em que momento está a mielinização: ela está toda no cérebro.
Então, onde é que o sistema nervoso já se ramificou, já se mielinizou e já tem sinapses acontecendo entre os neurônios?
No cérebro, porque da nuca para baixo só existe um fio de cobre.
A capa que controla essa energia ainda não desceu: a mielinização ainda está no cérebro.
O esquizoide tem o corpo esticado, com articulações presentes e a cabeça maior, o corpo vai concentrar toda energia na cabeça, no cérebro. É aí que a mente do caráter esquizoide vai ganhar seu principal recurso: a capacidade de imaginar, de criar e de racionalizar.
Os esquizoides são pessoas extremamente racionais, criativas e imaginativas, eles criam um mundo paralelo dentro das suas cabeças.
É muito interessante ver a forma do esquizoide funcionar, como ele literalmente cria na cabeça um plano inconsciente para sobreviver.
Ele sente que, quando ele “existe”, o mundo o rejeita, só que ele não tem controle sobre o corpo ainda.
Então, se ele deixar a energia descer da cabeça para o corpo, ele vai ter espasmo, ele vai se mexer, vai chutar a barriga da mãe, que vai lembrar que está grávida, que vai se preocupar com o momento que está vivendo e mandar menos sangue para o útero, que é o mundo do esquizoide.
Por isso, ele consome praticamente toda a energia de seu corpo apenas com a cabeça.
Isso dá ao esquizoide um corpo que consome pouca energia do pescoço para baixo.
Imagine uma pessoa magra, com corpo bem esticado, com as articulações bem aparentes e com a cabeça desproporcionalmente maior. Esse é o formato que o corpo do esquizoide ganha.
O sistema nervoso dele entende que, para sobreviver no mundo, precisa manter a energia na cabeça e mandar pouca energia para o resto do corpo.
Os esquizoides geralmente são magros, sempre tem aspecto de um corpo mais alongado, cheio de pontas e tem um olhar desfocado, desconectado da realidade.
Geralmente eles usam óculos.
Um bom exemplo deste tipo de personalidade é o ator Donald Joseph, ele tem como traço predominante o Esquizoide.
Fazendo um paralelo, o corpo e a mente possuem o mesmo formato, ou seja, aparte visível dessa mente é o corpo.
O comportamento predominante desse tipo de mente é o de uma pessoa que tem medo de ser rejeitada, fala pouco e não gosta de incomodar, ela prefere não existir, é extremamente racional e não gosta de muito contato físico, de toque.
Essa pessoa sempre vai dar mais valor para a mente do que para o corpo. É o nerd que, se deixar, não troca nem de roupa: para ele, o corpo serve só para segurar a cabeça.
O ORAL
A formação do caráter esquizoide acontece durante a gestação, parto e primeiro mês de vida. Depois que o bebê nasce, o processo de mielinização continua e entramos na formação do segundo traço que é o traço do caráter oral.
E qual é o momento de formação do traço de caráter oral?
É o momento por qual todos nós passamos: amamentação e desmame.
É quando o bebê entra em uma fase de percepções sensoriais: audição, visão, olfato, tato e paladar.
Ele está tendo esse monte de percepções novas porque a medula mielinizou-se mais um pouco (até a região da coluna cervical) e essa região do corpo está com novas sinapses acontecendo.
O bebê vai, literalmente, perceber o mundo pela boca.
É aquela fase em que a criança coloca tudo na boca: os brinquedos, o pé e tudo mais que ela conseguir pegar.
Qual é a dor da fase oral que forma esse traço de caráter?
É a dor do abandono.
Lembre-se sempre que não estamos falando da intenção da mãe! Falamos de como o sistema nervoso do bebê registrou essa interação com o mundo. É a sensação dele…
Se na formação do traço de caráter esquizoide o mundo da criança era o útero, na fase oral, é só a mãe.
Os pais e as outras pessoas não importam. Para esse sistema nervoso que está se desenvolvendo, o mundo ainda é apenas a mãe. O bebê está em estado de simbiose com a mãe, como se eles ainda fossem uma coisa só.
E qual a diferença da dor da rejeição do esquizoide para a dor do abandono do oral?
A rejeição é medo de não ser aceito: eu olho para você e digo que eu já não a quero logo de cara. O abandono é diferente: primeiro, eu quis você; depois, eu a deixei.
E por que que esse bebê se sente abandonado nesse momento de amamentação e desmame?
É porque ele sente que alguma necessidade básica não foi devidamente atendida. Quando essa criança tem alguma necessidade, agora ela já pode chorar, pode chamar, pode colocar a boca no mundo!
Como está cheia de novas percepções sensoriais, a criança tem novas necessidades; quando ela sente uma nova necessidade, ela chora. Ela sente fome, frio, dor, sono… e quando uma dessas necessidades não é devidamente atendida, ela se sente abandonada.
A palavra “devidamente” é fundamental: não quer dizer que ela não foi atendida — ela não foi “devidamente” atendida. Pode ser que ela tenha sido atendida demais ou atendida de menos.
Nessa fase, é muito comum a mãe dar o peito, mamadeira ou chupeta na boca da criança sempre que ela chora.
A criança está chorando de dor, ela ganha um peito. Está chorando porque fez cocô, ela ganha uma mamadeira. Está chorando porque a etiqueta do macacãozinho está incomodando, ela ganha uma chupeta.
Ela ganhou alguma coisa na boca, mas a principal necessidade dela não foi atendida. Ela se sente abandonada mesmo com esse excesso de peito ou de atenção.
Pode acontecer o contrário também: a criança chorar, a mãe ir lá no berço, dar a mamadeira e deixar a criança. Essa diferença — se foi demais ou de menos — vai refletir tanto na mente, quanto no corpo.
É o que nós chamamos de oral de excesso e oral da falta.
Como nós falamos, toda dor que molda o traço de caráter também traz o seu recurso. No caso do oral, é se comunicar, se conectar e sentir.
Para garantir que suas necessidades sejam bem atendidas, o oral desenvolve uma habilidade incrível de se comunicar, de falar, de se conectar com as pessoas e de sentir. São pessoas extremamente sentimentais.
Essa combinação da dor do abandono e dos recursos de comunicação, da conexão e das sensações é o formato invisível do traço de caráter oral.
Mas como você já sabe, a mente molda o corpo, então, qual é o formato que o corpo do oral desenvolve?
Qual a parte visível do oral?
Para sobreviver e não ser abandonado, o sistema nervoso do oral vai dar ao seu corpo um formato mais fofinho, mais redondinho, mais infantil.
O oral vai ter aspectos arredondados no corpo, vai ser mais molinho e vai ter as perninhas mais curtinhas
E sempre quer mais: mais atenção, mais contato, mais comida, mais tudo.
O oral é extremamente intenso!
Enquanto o esquizoide não gosta de incomodar e prefere ficar ali quietinho no seu mundo, se você tentar sair de perto do oral, ele vai grudar no seu braço, vai segurar você, como é o caso dessa figura redondinha, fofinha, com as perninhas curtas e que toca nas pessoas enquanto fala.
É claro que ninguém é 100% esquizoide, 100% oral ou 100% outra coisa.
O Psicopata
O terceiro traço de caráter é o psicopata e vale avisar novamente, não se assuste com os nomes! Não faça associações ao que você vê nos filmes, nas novelas ou lê nos livros. Não estamos falando aqui do psicopata do filme que sai matando as pessoas, nem de patologias clínicas.
O Corpo Explica apenas se manteve fiel à literatura original das referências científicas.
Na formação do caráter psicopata, a mielinização já está mais abaixo: ela está saindo da região da coluna torácica e entrando na coluna lombar. O bebê já tem todo controle da parte superior do corpo.
Esse traço de caráter se forma entre o primeiro ano de vida até por volta dos dois anos e meio. Como falamos, todos os traços são formados por uma dor que, em determinado momento, gera um recurso e um formato equivalente para o corpo.
O momento do psicopata é quando a criança começa a interagir com o mundo além da mãe. Lembramos que quando a criança está na fase ORAL ela ainda está em um processo de simbiose com a mãe: o mundo daquela criança é apenas a mãe e nada existe além dela.
Na fase do PSICOPATA, ela começa a interagir e perceber o mundo à volta dela. Então, a criança sente que o simples fato de existir não a faz tão importante assim. Para se destacar, aquilo que ela faz, também é levado em consideração.
Quando ela começa a fazer coisinhas legais, os pais fazem questão de exibi-la para as outras pessoas. Então, ela tem a sensação de que só é importante e só ganha a atenção dos pais e das outras pessoas quando ela faz o que as pessoas querem que ela faça. Isso faz com que ela se sinta usada, manipulada.
Essa é a dor do traço de caráter psicopata: a criança sente que, se não fizer nada, ninguém vai dar valor para ela pelo que ela é e como nosso sistema nervoso é programado para sobreviver, essa criança desenvolve uma tremenda habilidade de negociar, articular e de persuadir os outros.
Lembre-se de que a dor que molda o traço de caráter também é a dor que gera nele um recurso. Então, o recurso do psicopata é justamente a sua capacidade de liderar, de negociar e de manipular coisas, situações e pessoas.
Atenção!!! Não considere “manipulador” como algo ruim ou como se fosse algo do mal. Não existe caráter do mal e caráter do bem! Todos podem gerar pessoas muito boas ou pessoas péssimas; a diferença é se a pessoa está vivendo na dor ou no recurso dos seus traços de caráter.
Essa criança começou a articular para conseguir tudo que ela quer, negocia com o pai para ter atenção da mãe, negocia com a mãe para conseguir o colo da avó — ela vai agregando todas as pessoas para conseguir o que ela quer. Ela interage com o mundo e com as pessoas, negociando.
São líderes fenomenais e vendedores incríveis — esse é o formato da mente.
E como fica então o formato do corpo do psicopata?
Como há mais energia na parte superior do corpo, no tronco, e menos energia na parte de baixo, o corpo ganha um formato de triângulo de cabeça para baixo: grande em cima e pequeno embaixo, como um funil.
O psicopata tem muitos aspectos triangulares no corpo: na cabeça, no tronco, nas pernas, o queixo vai ser pontudo, o ombro vai ser mais largo que o quadril, o sorriso tende a ser torto, dando a impressão de que um lado sorriu mais do que o outro e o olhar extremamente compenetrado e avaliador.
São aquelas pessoas que, quando malham, ficam fortes em cima, mas as pernas ficam finas e, quando mais gordinhas, são gordas só em cima.
É claro que os exemplos que estamos mostrando são de pessoas que, assim como eu, como você, têm todos os traços juntos, mas, no caso do Faustão, o principal traço de caráter dele é o traço psicopata: ele é bem maior em cima do que embaixo, diferente do Jô Soares.
É bem legal quando você entende tudo o que o corpo explica.
Você entende detalhes sutis como, por exemplo, a diferença entre a fala do Faustão e a do Jô Soares.
O MASOQUISTA
Novamente, não associe esse nome com o que você já conhece, o traço do caráter de um masoquista forma-se entre dois anos e meio até por volta de três anos e meio — quando chega a hora da criança sair das fraldas.
Onde está a mielinização da medula nesse momento?
Ela já desceu mais e chegou na região sacral.
Quando esta etapa estiver com a mielinização completa, a criança terá novas sensibilidades que irão controlar o esfíncter anal e mictório. Ela vai ter controle para segurar tanto o xixi, quanto o cocô.
Antes disso, ela não tem sensibilidade para saber que vai sair alguma coisa e o sistema nervoso dela não consegue controlar o corpo para segurar até chegar ao banheiro.
Aí ela faz nas calças mesmo.
É nessa hora que o caráter masoquista sente a dor da humilhação. A criança faz nas calças porque ainda não tem estrutura nem física, nem neural, para controlar. Como alguém sempre briga com ela, por mais que seja com a intenção de educar, de ensinar, a criança acaba se sentindo humilhada.
Ela já anda, já fala, já interage perfeitamente com os adultos — que têm a expectativa de que ela avise quando precisar ir ao banheiro. Só que nem ela sabe que precisa ir ao banheiro, pois o sistema nervoso dela não se mielinizou até ali.
Imagina a cena: a criança que faz cocô e o outro grita “Ô, mãe! O menino fez cocô aqui!”.
Entenda!!! Ninguém quer decepcionar, ninguém quer ser exposto desse jeito, especialmente com algo tão íntimo e tão ruim quanto o cocô.
Esse sistema nervoso que está se sentindo humilhado pelo mundo precisa criar um plano para sobreviver sem ser humilhado, mas ele ainda não tem as ramificações nervosas do esfíncter anal para poder segurar o cocô e evitar a humilhação.
Então, o que ele faz?
Ele usa a musculatura do bumbum para segurar o cocô.
Para você entender, para conseguir segurar o cocô a criança trava o bumbum e isso, é o que dá o formato do corpo que ele tem hoje. Um formato de um corpo mais quadrado, com uma musculatura mais tensa.
Sabe aquelas pessoas que tem a bunda mais batidinha, mais amassada? São as pessoas com caráter masoquista mais alto. Ela se esforça tanto para trancar o bumbum, que toda musculatura fica tensa.
A pessoa faz tanta força que a barriga se projeta para a frente e os pés se abrem tipo um pinguim, o famoso pezinho 10 para as 2.
O masoquista é todo quadrado: a cabeça quadrada, a cintura quadrada, a perna quadrada. Quando você olha para ele, você tem a sensação de que está diante de uma panela de pressão.
Aqui está um ótimo exemplo de masoquista na vida real. É claro que os traços se misturam, mas no caso da Dilma o mais forte dela é o masoquista, daí a sua dificuldade em improvisar.
A impressão é de que ele está suportando um monte de coisas e está sempre a um passo de explodir. O masoquista tem uma mente e um corpo programados para suportar. Até a pele é mais grossa.
Esse é o recurso do masoquista: a sua capacidade de suportar e lidar com coisas difíceis. São pessoas extremamente fortes, porém mais lentas. Elas funcionam mais com método do que com improviso. Na verdade, elas não funcionam com improviso.
Elas estão programadas para evitar “cocô”, por isso, elas funcionam muito bem com script, com método, com processos. São pessoas extremamente detalhistas no agir.
Já no que diz respeito aos sentimentos, os masoquistas são verdadeiros cofres: para se abrirem e falarem o que tem dentro deles é muito difícil. Eles parecem estar muito seguros.
É muito difícil saber o que há dentro da mente e do coração de um masoquista. É comum o masoquista trancar a boca antes de falar. São pessoas que têm sensibilidade, mas sentem e guardam. Não compartilham.
Aqui está um ótimo exemplo de masoquista na vida real. É claro que os traços se misturam, mas no caso da Dilma o mais forte dela é o masoquista, daí a sua dificuldade em improvisar.
O RÍGIDO
Agora é hora de falar do caráter rígido, que é quando a mielinização da medula termina e vai trazer novas ramificações nervosas para a região genital.
Podemos dizer que é quando acontece o “choquinho” mágico.
Sempre que a mielinização chega numa nova região, as conexões nervosas se instalam e uma nova percepção sensorial e motora acontece.
Quando essa nova percepção chega na região genital, por volta dos 4 ou 5 anos de idade, surge a sexualidade na vida da criança. Não estamos falando de vontade de transar, de fazer sexo. A criança não vai sentir nem vontade, nem desejo, em situação normal.
O que ela sente é que antes havia uma parte do corpo que não gerava nenhuma sensação diferente das outras partes.
Para a menina, tocar na sua genitália ou no nariz era a mesma coisa, mas agora quando ela toca lá embaixo, ela sente algo diferente. A mesma coisa acontece com o menino: tem uma região do corpo com uma sensibilidade diferente, interessante e até gostosa.
Além dessa nova sensibilidade, o corpo está recebendo uma carga de diferentes hormônios sexuais. Nessa explosão hormonal é quando a formação do traço de caráter rígido entra em ação. É aqui que se forma pela primeira vez o tão falado Triângulo Edípico De Freud.
A menina vira namoradinha do papai, a princesinha do papai, e o menino vira o namoradinho da mamãe, o príncipe da mamãe.
Por quê?
Porque o sistema da criança começa a reconhecer os pares nas relações. O menino busca na mãe o seu primeiro par, enquanto a menina busca no pai. Só que tanto o pai quanto a mãe já têm alguém, formando o triângulo entre “mim, meu pai e minha mãe”.
Então, a dor da rigidez acontece: essa criança vai perder nessa relação. A menina vai perder o papai para a mamãe e o menino vai perder a mamãe para o papai — sempre.
A dor da rigidez é a dor da traição. Essa criança se sente traída, excluída, porque a mãe fala para o menino que ele é a vida dela, que ele é o príncipe da mamãe, mas quando chega a noite ela dá um beijinho nele e vai dormir com papai.
Nesse momento, o menino fica de fora da relação, como se a mãe tivesse preferido o papai ao invés dele. A mesma coisa acontece com a menina.
Só que agora esse corpo já tem como se defender e, para não passar por essa dor de novo, para sobreviver nesse mundo de pares sem ficar de fora, ele desenvolve na mente um recurso de competitividade: ele não quer mais perder.
O recurso do rígido é a competitividade. São pessoas extremamente competitivas, proativas, executoras, fortes e ágeis. Com o tempo, seu corpo se aperfeiçoa, ganhando formas mais atraentes sedutoras e imponentes.
Os rígidos têm corpos mais harmônicos, com formas curvas e níveis de energia bem distribuídos e como esse traço foi formado no momento do surgimento da sexualidade, o corpo do rígido vai ter um quê de sensual, mais atraente.
São os astros de Hollywood, aquelas pessoas que chamam a atenção.
Um bom exemplo de rigidez é esse casal:
São duas pessoas extremamente rígidas, atraentes e competitivas.
Mas são duas pessoas extremamente divididas: ela se divide entre o corpo dele e o amor do pai dela.
Com ele acontece a mesma coisa: ele se divide entre ela e a mãe dele. Essa divisão vai para a vida toda. O rígido vive o mundo em um triângulo. Entre um relacionamento e outro, entre uma carreira e outra, entre um projeto e outro.
Este tipo de mente nunca coloca todos os ovos em uma única cesta e nunca confia totalmente em alguém. Também tem uma necessidade extrema de controle.
Tudo porque o seu sistema nervoso está programado para sobreviver em um mundo em que talvez ele seja trocado e ele não quer perder de novo.