Em casa de uma amiga especial. 9h28, abocado eram umas 7 da manhã
Tarefas que viraram escrita.
Poesia ou Prosa?
Ou nada disso ou tudo isso?
De que se trata?
Qual o título?
Ia tratar das tarefas
Outras que não estas
E deu-me para compilar
A escrita de outrora
Sem querer mais parar
É tempo de publicar
Diz ele, quem é ele?
Ele, o Diogo que habita em mim
Ou será algum familiar?
Ou algum amigo que se manifesta por mim.
Não sei. Já deixei de saber quem fala em mim.
A minha voz foi doada em tempos ao domínio público.
E perdi-me. Oiço pensamentos em mim, sem os realmente ouvir.
Penso-os, percecio-nos, sei que estão lá.
Por vezes parece que sei com quem estou a falar
I.e. a comupensar dentro de mim.
Sei que me ligo com quem tenho relações sexuais.
Por vezes basta-me nomear a pessoa
E a ela puff piff estalidos, e assim estou ligado
Num diálogo mental por vezes cansativo
Por vezes relaxante
Principalmente quando me devolve a respiraçáo
Do momento presente.
Inspiro.
Inspiro-te a ti, principalmente se expirar pelo nariz também.
E depois insuflo.
Fico tão cheio de ar.
Que às vezes, é escondido, num sorriso de esguelha
Que te dou um bocadinho do que de bom também há em mim.
Sim, sou bondoso, tantas vezes o fui !
Ah queriam que fosse vilão…
Uns podem até ver-me como tal, tem dias !
Não se sabe bem quando parar.
E náo apetece depois e começar.
E cuidado. Vem lá vendo.
Ré ré ré.
Calma, vento, sossega, susurro.
Está tudo bem.
Õ, Õ, Ô… ô e não ó, que é para náo acordar
As Orcas Humanas cuja força pode destruir
Cuja sensibilidade é enorme, sim, sosseguem
Queridas Orcas.
Quais desenhos animados que ensinam a fluidez do ser.
E eu, para aqui a escrever.
Como se há tanto para dizer.
Desde o novo testamento que podia ser lido ao contrário, i.e.
Que primeiro Jesus matou ou apropriou-se de parte da alma de seus discipulos…
E estes vinagaram-se dele.
Um foi escolhido para o entregar, Judas, que nome parecido a Judeu.
Curiosidade essa, do cristianismo vir depois do judaísmo.
Seriam os disicipulos eles próprios judeus?
E Pilatos, onde entra nisso tudo?
Ele que lavou as mãos depois da mítica condenaçáo de Jesus à morte.
Ah, também eu querido, querida Tu.
Também eu já me encontrei a esfregar as mãos.
Esfreguei-as depois de um ato de “limpar”, de “acertar contas”
No meu caso, pelo bem e por algo que teria feito ou não feito.
No meu caso recordo o ser depois de comer uma pizza num dia que estava salgada.
E no outro lá voltar e ela já estar melhor.
Um voltar ao sitio onde me senti mal para restabelecer a paz e a ordem, com diálogo
E enfrentando o medo.
Qual homem da marmota, que repete o dia até estar perfeito.
É bom que não haja desses, maremotos, que sáo periogosos e destrutivos
Nem que se incentivem pessoas a irem para o mar para descubrir o seu lado animal
Ou melhor…pode fazer sentido incentivar, se se achar que está preparada a pessoa
O ser.
Eu cá ando em transições.
Já quase virei lobisomem, com um determinado tom de pele.
Qual cão que gosta de cheirar o rabo dos outros e lamber os outros também.
Assustador para mim em boa verdade, e afastei-me disso.
Já quase me conectei ao lado vampiresco, como se lesse as mentes, correndo rápido e vivendo muito mais de liquidos que de sólidos…e a certos momentos ficar com um enorme apetite…
E essas eras já foram. Já não fazem sentido. Já somos mais evoluídos.
Hoje transformo-me, ontem também, amanhã também.
Estou contente por finalmente parecer que as coisas com o meu filho se estão a compor.
Com alguns medos, esta velha, nova relação que parece estar a nascer.
Assustadora.
Ah qual escrita realista.
Nem penses, nem pensem vossas excelências que isto é a realidade.
Ora pois vivemos em realidades de multipoesias, podendo saltar de uma para outra.
Ah, quanto gostava de compreender como se fazem esses saltos conscientemente.
Nos sonhos damos uns.
Eu acho que dei um a conduzir outro dia até.
Ia rumo a um destino e quando me apercebi, estava já mais à frente.
Passei-o.
Qual condutor distraído.
Garanho, não estou nem sou louco.
Digo de toda a minha normalidade.
Eu dei um salto espácio temporal naquela noite.
Entre Sintra e Ericeira.
Como?
Como podemos tornar o teleporte acessível a todos os seres?
Como encriptar os dados de tal forma, que preservamos a vida de cada um?
Ah loucura essa a minha.
Que ideias são estas.
Possivelmente nenhuma minha, de tanto filme que vi ao longo da história.
E possivelmente todas elas minhas, pois sou eu que as digo, as escrevo.
E assim é, por agora.
Oh escrita louca.
Adoro os meus óculos novos.
Um bocadinho quentes
E agradáveis no contacto com a face.
Ai se paro de escrever.
É tempo de desenhar.
Acho.
Também gostava de aprender a tocar.
Piano
Pianissimo.
Suave e harmoniosamente.
Como se de um lento e belo
Momento de profundo prazeiroso
Êxtase, não viciciante
Se tratasse.
Obrigado a ti que me inspiraste a terminar assim.
É tudo, por agora.