Hoje enviaram-me um email a propósito de um exame ao cérebro que pode ajudar no diagnóstico e tratamento das chamadas doenças mentais, que o Dr. Amen e não só prefere apelidar de doenças cerebrais.
Eis parte do seu conteúdo:
Através dos livros “Mude de cérebro, mude de vida” e o"O fim da doença
mental", conheci o Dr. Daniel Amen, médico psiquiatra americano,
fundador das AmenClinics.A sua prática clínica é diferente e parece-me que pode trazer
benefícios. As principais diferenças são:
utilização de exame de imagiologia chamado Tomografia Computorizada
por Emissão de Fotão Único ( SPECT na sigla inglesa), fazendo um
diagnóstico específico para cada pessoa. O exame mostra qual a área ou
áreas do cérebro que não estão funcionais, permite perceber a química
cerebral e neurotransmissão.ajustamento/afinação da medicação segundo a análise da atividade e
fisiologia cerebrais que o SPECT permite, evitando assim uma prescrição
apenas baseada em sintomas, que em certos casos se sobrepõem e confundem;atenção à pessoa de forma integral, de modo a compreender que fatores
estão a contribuir para um funcionamento menos saudável do cérebro, tais
como: alimentação, inflamações, quedas e lesões na cabeça, toxinas,
condições de habitação, qualidade do fluxo sanguíneo, exercício físico,
problemas neuro-hormonais, sono, etc.para além da medicação utiliza tratamentos complementares, de acordo
com as situações, tais como oxigenação cerebral, neurofeedback e outros.Quando o Dr. Amen escreve “O fim da doença mental” o seu objetivo é
mudar o que chama de “paradigma desatualizado e estigmatizante, que
marca as pessoas com rótulos depreciativos e pretende substitui-lo por
um programa baseado no cérebro e na pessoa como um todo, enraizado na
neurociência e na esperança”. “Não estamos a lidar com questões de saúde
mental, mas sim com questões de saúde cerebral; e esta ideia mudou tudo
o que fazemos para ajudar os nossos pacientes.”
Aproveitei e fui investigar mais um pouco e:
E a primeira crítica detalhada que encontrei, que data de 2008:
e um documento do National Institute for Mental Health, que infelizmente não tem data, e que diz não haverem provas científicas sobre este método:
https://www.naminys.org/images/uploads/pdfs/Neuroimaging%20(FAQ).pdf
e outro texto, de 2014: PsychCentral posts on Amen clinics neglect one thing: evidence. - Knight Science Journalism @MIT
e um artigo a favor, produzido também pelo dr. Amen: Brain SPECT Imaging in Complex Psychiatric Cases: An Evidence-Based, Underutilized Tool - PMC, de 2011, e um outro que analisa os dois lados e diz que o tempo parece estar a favor do Dr. Amen: https://www.psychotherapynetworker.org/blog/details/525/putting-spect-brain-imaging-under-the-microscope
outro de 2018 a dizer que as imagens de pacientes com doenças mentais ajudam a prever o envelhecimento precoce do cérebro: 62K SPECT scans reveal psychiatric disorders predict accelerated brain aging
e outro, de dezembro de 2021, feito pelo Dr. Amen tb: Study: What If Mental Health Was Really Brain Health?
Aproveitei e criei um espaço de discussão na ferramenta kialo para facilitar a análise dos prós e contras.