No dia 2 de Outubro de 2023 a Sibs anunciou o lançamento do Mbway pulse.
Imediatamente me vem a pergunta:
Porque é que a SIBS quer facilitar e acelerar o serviço de pagamentos?
No site mbway.pt encontramos na data de hoje ma secção Perguntas frequentes
O que é o MB WAY pulse?
O MB WAY pulse é um dispositivo desenvolvido para facilitar o seu dia-a-dia que utiliza um chip NFC integrado e permite realizar pagamentos sem contacto, ao associar qualquer um dos seus cartões da app MB WAY.
Existem quatro tipos de dispositivos que se ajustam às suas preferências e necessidades: uma pulseira, dois porta-chaves e uma presilha para o seu relógio. Cada dispositivo está disponível em vibrantes variações de cor, incluindo vermelho, azul, cinza e preto.
A parte de mim que adora a inovação, o imediatismo, a rapidez , eficácia e eficiência adora esta ideia.
A parte de mim que valoriza a liberdade, mostra algum cepticismo em relação a esta novidade.
1 - É preciso pagar para ter acesso a este serviço (bom…justifica o meu lado tecnologico e consciente afinal de contas…há recursos fisicos a ser utilizados e pessoas a trabalhar para trazer e distribuir estes produtos…). O custo de qq um dos tres tipos de produtos é à data atual, 2023-10-08l: 14.99 euros.
Hmm…para onde irá este dinheiro? (Em verdade, o potencial atual é calculado multiplicando o numero de utilizadores mbway por este valor. Sendo 5 MILHÕES de utilizadores, segundo uma noticia da dinheiro vivo de 17/07/2023, estimo uma receita potencial minima de 5.000.000 * 14.99 = 74 MILHÕES e 750 mil euros.
Bom, e pensando um bocadinho, é possivel que com o tempo esta novidade se alargue a mais pessoas, portanto tv a 5 anos a receita possa aumentar significativamente. Quais serão as estimativas que fazem ao lançar este serviço? Quer em termos de receitas, fontes de receita, quer em termos de custos, monetários, de recursos físicos e qual o impacto sócio-ambiental?
Qual a % que irá para quem desenvolveu o produto, para quem trabalha na SIBS, para quem trabalha nos bancos e para os donos dos bancos? (Não tenho resposta a esta pergunta…tv alguém ligado à Sibs possa responder?)
2 - E de que materiais são feitos estes produtos?
Perguntei no chat online, e pelos vistos às 9.04 de domingo não há nenhum assistente disponivel para responder. Bem, pelo menos a SIBS permite alguma espécie de descanso aos seus trabalhadores 
.
Será alguma espécie de plástico? Borracha?
3 - E quem são os produtores destes produtos?
Estas são as questões que tenho diretamente relacionadas com os produtos em si.
Há mais questões ainda:
Qual o plano estratégico associado a esta iniciativa?
Qual a visão de mundo para o qual quer a SIBS contribuir ao lançar este “facilitismo de transação comercial”?
De que forma é que esta iniciativa contribui para um maior empoderamento das pessoas, e de que forma as pode limitar/condicionar?
Há esta ideia de se querer acabar com as transações em papel…há até quem diga que eliminar o papel é mais eficiente e mais ecológico. (Eu próprio já usei esse argumento no passado…e hoje observo com cautela, pois o digital depende de minérios mais raros também…e mais improváveis de aceder localmente…e há tb o ditado…longe da vista (isto é, dos enunerados 5 sentidos), longe do coração…ou seja, não saber os impactos ecossistemicos de um material, faz com que milhoes de pessoas o usem inconscientemente e no fundo contribuam para fazer escalar esses impactos…seja de exploracao do trabalho humano, seja de destruiçao de ecossistemas…)
E depois há ainda a questão do poder social…servirá esta iniciativa da SIBS para contribuir para um regime, já existente, de centralização de poder? Ou será que conseguimos utilizá-la para o distribuir mais eficientemente, empoderando todos os seres em prol de um bem-comum equilibrado?
E por outro lado, uma questao que parece nao ter nada a ver…de que forma é que os 5 milhoes de utilizadores da Sibs se relaciona com os 5 milhoes (uma especie de arredondanento) de abstenção de voto em Portugal?