Recentemente perguntaram-me no contexto de um grupo em que me tenho envolvido se ia de férias.
Hoje, ao escrever uma mensagem de ausência do e-mail, ocorreu-me iniciar esta conversa.
Convido a todos a usarem este espaço para apresentar definições de trabalho, e sobre a forma como o vivem. A ideia base é estimular ao pensamento sobre a forma como encaramos o trabalho, ao mesmo tempo sobre como o mesmo é percepcionado em diferentes contextos culturais e sociais.
Ficam duas referências para pensar:
Assumindo que é incoerente segundo a física ao ser humano em movimento não trabalhar, gosto cada vez mais e particularmente de ver as coisas como Confúcio:
E uma pergunta que me surge é: em que domínios da vida é que aplicas este teu propósito interior e qual a tua estratégia para estares bem em cada um deles?
Pessoalmente o meu desafio é precisamente equilibrar o domínio interior, com o familiar, e com o social geral - onde incluo o “trabalho”. (interessante que a primeira pessoa que ouvi falar desta tripartição dos domínios da vida foi o @marco.abreu). Vou percebendo que um objetivo é conseguir cumprir com os acordos que estabeleço nos vários domínios, e estar presente em cada um deles…e isso é realmente desafiante, pois quando um domínio se agita, acabo por trazer essa agitação (ao nível dos pensamentos e desgaste físico) para os outros domínios.
Ali, vejo uma associação de trabalho a “contribuir para algo comum”, referindo-se desde lavar a loiça em casa, a visitar idosos, a passear animais de estimação, etc.
Diria que nessa óptica, trabalho parece abranger toda a ação em prol de uma satisfação de alguma necessidade que caia no domínio familiar ou social, e não no individual.
Ele introduz o tema por oposição ao tempo que os adolescentes (e digo eu - não só) passam ligados a um telemóvel e para a tristeza de um “nada fazer”.