Há dias conversava com um recente amigo sobre espelhos.
Ele me dizia que o eixo cartesiano vertical é bem representado num espelho (quando a mão vai para cima, no referencial do espelho vai também para cima), mas que o horizontal não (quando a mão vai para a esquerda, no referencial do espelho vai para a direita), percebendo eu que se estaria a referenciar ao facto de nós nos vermos a nós próprios nos outros muitas vezes, e como isso não é assim (se eu pedir a alguém para essa pessoa movimentar o braço para a esquerda, no seu referencial é para a esquerda que ela vai movimentar). Na altura - e mesmo agora - confesso, não percebi muito bem porque é que o espelho não partilhar o mesmo referencial que nós seria um problema. Talvez na óptica de nos conseguirmos ver a nós próprios ?
Nessa noite acordei (será que estava mesmo a dormir ?) com esta ideia de escrever um livro sobre um Homem que vendia espelhos. E acordei a rir… Só já não me lembro bem porquê.
Coloquei como tarefa “escrever livro Homem que vendia espelhos” em https://wekan.indie.host.
Hoje olhei para a tarefa e estava a colocá-la na lista das tarefas “Abandonadas”, por já não me lembrar bem do conteúdo dessa ideia, e quando ía para escrever o motivo de a colocar ali, surge este apelo à memória que me permitirá voltar a colocar a tarefa na lista das “A fazer”, e a reflexão:
Um espelho não serve para nós nos vermos a nós próprios (fisicamente) (o referencial não é o mesmo), e nem tão pouco para ver como os outros nos vêem (a minha esquerda é a direita do espelho, mas quando alguém me olha, a minha esquerda é a minha esquerda).
Então para que serve um espelho ?