Rendimentos "passivos" (assets) e (a palavra) imposto(s)

Algures dps das 7.30 da manha, no autocarro:

Esta manhã, na sequência de me ter sido apresentado um orçamento de mais de 3000 euros (dos quais mais de 500 são “impostos”) para arranjar o meu carro (bati com ele num separador de metal da estrada após adormecer por instantes ao volante há dias, felizmente não havendo mais pessoas nem veículos por perto e ninguém, aparentemente se ter aleijado, e eu estar a encarar tudo isto cm uma oportunidade e convite a mudar a perspetiva…o facto de andar mais a pé, p.ex., já me trouxe alguns momentos de Vida “especiais”.)

Pensei que sim, me vejo a caminhar no sentido da liberdade económico-financeira, que no fundo e objetivamente falando pode ser atingida quando tenho acesso aos recursos necessários que sustentem o meu estilo de vida e eu consigo em simultaneo para fazer tudo o que quero verdadeiramente rumo ao mundo que já vou vivendo e quero viver mais e mais.

A minha ideia não é neste tópico desenvolver as formas possíveis que veja de alcançar a acima definida liberdade económico-financeira. Isso fica para outro, se e quando surgir.

Lembrei-me novamente do Jaspreet Singh, que tem, entre outros,o projeto Minority Mindset (procurar no youutube) e fala de um subconjunto dessa liberdade que apresento acima.

E que ele, que creio já ter atingido uma liberdade financeira, anda num carro velho.

Isso faz me ver que é possivel ter um pensamento de, por enquanto, minorias.

Tb me passou pela cabeça perguntar-lhe se ele vê este nome de projeto cm algo estático e se acredita que é possivel mudar o nome do projeto, mantendo a sua vertente educativa. (Tv qd fizer sentido mudar de nome, o projeto acabe por já nao ser necessário?)

Dei por mim então a refletir em duas coisas:

1 -No que é um “asset” para mim (sugestões de tradução para pt agradecem-se) e 2 - fez-se um clique, quiçá epifânico, para mim na palavra “imposto” em portugues, e que em inglês se chama “tax”.

Se pensarmos com olhos de ver na palavra imposto, algo tido cm “normal” por possivelmente uma maioria dos habitantes nos países onde domina a língua
portuguesa, e que me parece mais “realista” que noutras linguas (p.ex. o inglês) (havendo parte de mim que gostava de conhecer uma palavra de uma qq lingua que represente estes “pagamentos ao Estado”, e represente algo mais parecido a um “contributo necessário para o bem-comum”).

E ainda sobre o imposto (e parece que comecei pelo ponto 2), que apenas continuarei a pagá-lo enquanto achar que há um minimo de representatividade desse “contributo necessário para bem-comum”, i.e., enquanto sentir essa necessidade.
Cada vez mais vivo uma mentalidade e quero alimentar esse mundo em que o único “imposto” que aceito na minha vida está relacionado com os limites reais de bem-estar pessoal estabelecidos por outra pessoa.
Ou seja, aceito que me sejam impostos limites quando alguém sentir a minha presença como “invasiva” - i.e - não bem-vinda pelo Todo que forma as partes de um determinado Ser, do seu espaço pessoal, o que poderá acontecer se em algum momento tomar conta de mim alguma minha parte não escutada devidamente por ser “ignorada” - consciente ou inconscientemente - por outra qualquer parte deste Todo que é o meu Ser.

Em relação ao ponto 1, dessa história dos “assets” (e obrigado ao Robert Kyosaki e ao conjunto de pessoas mais ou menos anónimas que contribuíram para o livro “Rich Dad, Poor Dad”, e que me trouxe mais consciência sobre caminhos possíveis para a anteriormente referida liberdade), comecei a chegar a esta ideia, quiçá conclusão, que o maior “asset” que posso ter na minha Vida é ter pessoas a co-criar comigo o mundo que quero ver, num espírito de cuidar do solo comum e uns dos outros quando assim o quisermos e tivermos real necessidade. E que mundo é esse é tema para desenvolver noutro tópico, e essencialmente diria que tem que ver com um mundo onde todos e cada um de nós possamos Viver plenamente, com toda a nossa “potência”, e de forma “equilibrada”, i.e., em que todas as nossas partes que nos constituem dançam voluntariamente umas com as outras e que, vistas de fora, formam um Fenomenal “Todo”.

E por agora é isto.
Nestes dias em que além do carro ando a re-negociar o meu compromisso de trabalho com as pessoas que me “contrataram”, no sentido de estabelecer uma verdadeira relação de parceria e co-criação deste tal mundo que falei acima, e hoje em particular, e neste momento em particular, vem-me a pergunta:

E tu, qual é/são o(s) mundo(s) que queres e estás a criar?

Há alguma forma de o fazermos em conjunto?

Responde a este texto alimentando este diálogo com a tua perspetiva, por esta via ou por uma outra via qq em que possamos continuar a caminhar junto.

8h22. Tempo de me sintonizar com o local onde estou - no escritório.

P.S. Ah, e…tb me veio à mente sobre os + de 3000 euros: onde é que eu posso aplicar este dinheiro da melhor forma possível no sentido da co-criação desse mundo que quero ver? Se tiveres ideias e possibilidades, gostava de as escutar.