DISTINÇÃO: A comunicação é a manifestação de propósito.
NOTAS: Quando alguém fala para si, você tem sempre a opção de se perguntar a si próprio a questão: “Porque é que eles estão a dizer-me isto?”. Por outro lado, quando você fala, você poderia considerar a mesma questão em aplicação reversa: “Porque é que eu estou a dizer isto a eles?”. Ao prestar atenção ao propósito de mensagens de entrada e de saída você pode eventualmente tornar-se consciente que:
- Você só fala quando tem um propósito
- Outras pessoas só falam quando têm um propósito.
- O propósito atual pode surpreendê-lo e, perante inspeção, tornar-se algo diferente do que vocẽ assumia que era.
- Geralmente, o propósito de comunicação é dizer algum tipo de história que comercializa a marca de realidade particular da sua Caixa ao mundo.
Como um ser humano você é um membro das espécies contadoras de histórias. Tudo em si contribui para as histórias que você conta. Como vocẽ se veste e move, a descrição do seu trabalho, as inflexões e padrões de discurso da sua voz, as suas expressões ou não expressões emocionais, que perfis de caráter você interpreta ou escolhe como parceiros nas cenas que você cria, o quanto você desvenda situações problemáticas, tudo são histórias.
Depois de observar as suas próprias histórias durante algum tempo você deteta padrões de repetição. As suas próprias histórias tendem a ser monotemáticas. Isto é, você pode descobrir que a sua vida desenrola como vários capítulos da mesma história. É a história da sua Caixa: o que você gosta, o que detesta, o que é real para si, o que é importante e verdadeiro para si, o que é possível para si e o que é impossível para si. Essencialmente, a sua Caixa está sempre a declarar ao mundo a história de quem você é.
Como um escândalo, um nevoeiro, uma nuvem de poeira à nossa volta, a história da sua Caixa segue-o onde quer que vocẽ vá. A história da sua Caixa influência a forma como você interage com o mundo e como o mundo interage consigo. Você torna-se tão bom a criar a sua história que você acredita nela você mesmo. As pessoas que não acreditam na sua história são geralmente excluídas da sua vida.
Alguns de nós contam histórias de vítimas; outros contam histórias dramáticas; outros contam histórias de aborrecimento; alguns contam histórias de heróis; outros de vilões. Há dezoito histórias de Caixas típicas. Qualquer que seja a história que vocẽ conte é a história da sua vida. Não há nada inerentemente certo ou errado sobre uma história em particular. Elas são, apesar de tudo, apenas histórias. Contudo, cada estilo de história produz diferentes resultados.
EXPERIMENTO:
Conte uma história diferente da que você normalmente conta. Você pode fazer isto com dois níveis de risco: mudanças subtis com baixo risco, ou mudanças não tão subtis com um risco ligeiramente superior. Mudanças de histórias subtis incluiriam utilizar uma sombra de baton ou côr de gravata que você não utilizaria habitualmente, mudar o seu penteado ou maquilhagem, fazer compras numa nova mercearia ou parar num novo bar ou restaurante.
Você poderia claro, tentar algo um pouco mais ousado. Você poderia aproximar-se de alguém que vê todos os dias como o seu chefe ou um colega e contar-lhes algo que nunca antes incluiu na sua história para eles. Você podia dizer-lhes especificamente porque é que vocẽ aprecia verdadeiramente o presidente da empresa ou do país, como você perdoa e compreende os seus pais totalmente, como o trabalho que vocẽ faz o inspira grandemente, como você respeita as qualidades pessoais de nobreza e artesanato, como vocẽ ama a vida, e por aí fora.
Duas coisas podem surgir para si enquanto conta uma nova história conscientemente nesta experiência.
Você pode encontrar a sensação que a nova história que você conta é uma mentira porque não é a sua história habitual e então parece que tem uma origem externa. Você pode trabalhar com isto tendo cuidado e apenas contar novas histórias sobre si mesmo que você sabe que são verdadeiras. Contudo, (aviso!), se você repetir esta experiência várias vezes durante a semana em diferentes circunstâncias, com diferentes pessoas, cada vez expandindo o seu repertório de histórias, você pode começar a reparar que todas as histórias que alguma vez contou sobre si mesmo são fabricações da sua mente, incluindo as histórias que você tem estado a contar e sempre teve como verdadeiras.
A outra coisa que você pode reparar durante esta experiência é que o que torna uma história bem sucedida para o ouvinte é a forma como a conta, quanta paixão e convicção você expressa, os detalhes específicos descrevendo as cores, os sons e as qualidades de ser.
Ao melhorar as suas competências de contador de histórias consciente você pode começar a reconhecer-se a si mesmo como a fonte de todas as histórias que existem na sua vida. Você origina todas as suas histórias sobre si mesmo, sobre as outras pessoas, sobre as histórias das outras pessoas, sobre situações, sobre o futuro e sobre o presente. Ao contar uma história em que você é uma vítima indefesa das circunstâncias e então aprender o que você pode pegar exatamente no mesmo incidente e contar uma história sobre a qual vocẽ é completamente responsável por causar aquelas circunstâncias vitimizantes, vocẽ atualiza o seu próprio poder espantoso como contador de histórias.
Reclamar o seu poder editorial consciente pelas histórias que você conta adiciona interessantes novas dimensões à sua capacidade de gerir possibilidades.
Divirta-se,
Clinton
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