Um meu avô era jurista

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Envie.me mensagem por aqui, por email ou telefone, que encontra no tópico sobre compaixão ou compexão, como prefiro chamar-lhe. E sim, sei que há muito artista por aí que gosta de pegar e adaptar e readaptar…tb peço a esses que me peçam autorização, ou no mínimo que me dêem uma comissão sobre o que ganharem com o meu trabalho…seja diretamente, seja baixando as minhas despesas, facilitando também a que eu, de tempos a tempos consiga viajar sem ser necessaria mente a pé ou de transportes públicos ou de carro…
E se houver ainda por aí más-linguas que não nos queiram ajudar, seja a tornar-nos mais fortes seja ao nível de bem-estar, então que as contenham por favor…para não nos prejudicar nesse caminho do bem multipoesia.

Um dos meus avós era jurista e teve várias filhas e um filho e uma minha avó pelo menos um aborto involuntário, segundo sei.

Observo que tb eu sou de certa forma jurista: tenho esta obsessão pela verdade e cumprir com o que disse.

Nem sempre é fácil quando se fala e escreve muito de vez em quando…ou quando não se compreende a forma como os outros nos interpretam.

E nem sempre é conveniente pois por vezes há pessoas que acham que precisam de nos enganar…e até conseguem.

Mas a maior parte das vezes, o problema é de falhas de comunicação…problemas de interpretação.

Às vezes é como estivéssemos sob escuta…seja ao nível da voz, seja do próprio pensamento. É de loucos, eu sei.

E mais e mais sou levado a crer que a minha loucura, quiçá induzida, é apenas uma oportunidade para a sociedade melhorar.

E há limites como é óbvio. Os limites para mim são o do respeito: seja emocional, seja físico, seja económico-financeiro.

Liberdade, responsabilidade e respeito mútuo são pilares pelos quais me tento reger…

E a gentileza e a vulnerabilidade não deviam significar fraqueza e incapacidade de se trabalhar como empreendedor.

No entanto…tb a vida me tem ensinado a importância das emoções.

Estar irritado, ou mandar um berro, ou enviar ultimatos a alguém, acontece por vezes por desconhecer.se outra maneira, senão o abuso de uma QQ força, para comunicar com alguém.

É triste…sim. por vezes parece necessário e acontece mesmo, sim.
No entanto as repercussões disso podem ser desastrosas.

Outro dia percebi que a Sociocracia enquanto tecnologia social tem falhas graves.

Fui levado a tentar criar a Sociocracia 4.0 e percebi de imediato que não era por aí o meu caminho.

Surgiu-me então a ideia de Conciliocracia 1.0.

Que no fundo é algo que já existe há milhares de anos.
Só que nem sempre é fácil aferir quem devem ser os conselheiros, ou o número de conselheiros.

Uma lacuna crucial da Sociocracia está num dos seus pilares: o do consentimento.

É extremamente desafiante perceber o que é uma objeção válida. A forma clássica rege-se pelo princípio da tolerância: será que se esta proposta fôr para a frente, alguém neste grupo vai afastar.se?

O que me lembro da 3.0 procurava a “effectiveness” no consentimento, que eu associo à forma mais eficiente de eficácia.

Eficiência significa fazer algo com o mínimo de recursos possível.
Eficácia é fazer aquilo que se deseja, com os resultados que se desejam.

Na Sociocracia ideal, todos são facilitadores de todos e de si próprios.

No entanto isso implica que todos estejam num nível de maturidade avançado, sem que isso signifique que depois vão apodrecer :sweat_smile:.

Então sim…posso até tentar formular uma Sociocracia 4.0: governo pelos sócios, sendo os sócios as pessoas que se conhecem bem…e que eu acrescento, que têm a capacidade de viver na mesma casa sem que isso despolete problemas irreparáveis nos demais, ou que despoletando, sejam rapidamente regenerados, embora esta regeneração devia apenas ser um último recurso.

E infelizmente parece que é uma das palavras moda…chegámos a um tal ponto que é crucial regenerar diferentes formas de Vida.

Se numa floresta ou campo ou casa há um incêndio, precisamos conseguir gerar um ecossistema melhor efectivamente (esse misto de eficiência e eficácia) naquele local.

E um incêndio nem sempre é aparentemente material. Por vezes é emocional também.

E sabendo que tudo é energia em última instância, mais ou menos condensada, então podemos compreender facilmente que “incendiar” neste contexto pode ser reduzir a pó, ou por outras palavras, a partículas de tal forma pequenas que deixam de se ver.

Diz.se que a cinza também é bom fertilizante para os solos. No entanto é preciso ser controlada também, para evitar expandir.se.

E onde há fogo, que implica haver Terra, havia de haver água e vento em quantidades suficientes para o equilibrar.

E pronto…isto tudo por causa de um meu avô que era jurista e acreditava em Deus.

A ti avô cujo corpo faleceu aos 100 anos e que estais hoje no céu e presente em muitos dos que ainda por cá andam, dedico este texto.