Ainda que haja muitos processos de controlo em que tanto o feedback positivo e o negativo são aplicados, …, é geralmente verdade que um equilibrio dinâmico não pode ser mantido pelo feedback positivo mas que pode ser mantido por feedback negativo, isto é, reduzindo a diferença entre a norma (o “desejado”) e o valor atual"
parcialmente traduzido de pag. 33 “Sociocracy, The organization of decision-making ’ No-Objection’ as the principle of sociocracy”, de Gerard Endenburg
Sendo a teoria do controlo aplicada a sistemas mecânicos e de engenharia, uma inquietação me surge quando se tenta transpôr estes conceitos para sistemas humanos, dado que os sistemas humanos são consideravelmente mais complexos e que por vezes precisam do feedback positivo externo para prosseguirem caminho…Precisamos por vezes de “reconhecimento explicito” para continuar viagem num dado sentido. E vejo isso como algo saudável.
Uma questão que surge é onde procurar e encontrar esse reconhecimento ?
Há quem diga que o podemos e devemos cultivar dentro de nós, para nos protegermos daqueles momentos em que estamos um pouco depressivos e achamos que praticamente nada num dado contexto nos compreende ou apoia.
Pode-se dizer também que o reconhecimento de uma ação tem um poder diferente se fôr dado por quem a recebe e pode mesmo ser inspirador e motivador para prosseguir a viagem, além de ser também um indicador que de fato há alguém que beneficia do que fazemos.
Sobre formas de inspiração encontrei (traduzo apenas os títulos, adaptando alguns…se alguém quiser saber o detalhe, faça o favor de traduzir online e se quiser peça aqui que traduzo)
http://www.lifehack.org/articles/communication/20-ways-inspire-people-around-you.html
- Cuidar
- Ser entusiástico
- Ganhar confiança
- Se não for algo positivo, mais vale não dizer
- Elogia as pessoas
- Sê firme
- Admite as tuas falhas
- Sẽ um ouvinte ativo
- Procura as estrelas
- Crítica de forma construtiva (e apenas se te pedirem)
- Trata todas as pessoas de forma equivalente (e como elas gostam de ser tratadas)
- Caminha com confiança
- Mantém-te calmo e descontraído
- Partilha as tuas influências
- Reconhece as contribuições de outros
- Mantém as tuas promessas
- Mantém-te verdadeiro a quem tu és (ou queres ser )
- Explora pensamentos e ideias alternativos
- Quando tens razão, não insultes a outra pessoa (p.ex dizendo “Eu avisei-te”)
- Dá liberdade às pessoas
E curiosamente, na mesma página, referenciam alguns livros relacionados com esta temática de alcançar objetivos:
Desses 14 livros apenas li o 9. “The greatest salesman in the world”, que do que me lembro convida à visão do “copo meio cheio”, e procurar sempre a oportunidade (e naquele caso em particular, o negócio).
Se alguém ler ou tiver lido algum deles, sinta-se livre de partilhar aqui a sua opinião.
É preciso também alguma atenção à cultura subjacente aos autores dos livros. Temos muito a aprender por certo, e possamos ainda assim procurar também outras fontes e pensar por nós próprios.
No livro que referi, menciona-se a história de dois vendedores de sapatos. E elogiava o vendedor que tinha conseguido vender sapatos a todo um conjunto de pessoas que viviam com os pés descalços. Tudo muito bem…apenas tenhamos atenção ao que é necessidade real e ao que é ilusão. O conforto, parecendo bom num dado instante, pode noutro ser algo perigoso para a saúde. (Sobre andar de pés descalços ver Sobre andar descalço, em adulto, em criança e em bébé )
Pessoalmente, por mais métodos de organização do tempo e de definição de objetivos que vá colecionando: GTD, TBOS, SMART, Kanban. o que vou percebendo mais e mais é que é relevante procurar alinharmo-nos com a nossa intuição mais profunda, e que se é verdade que as ferramentas nos ajudam a chegar mais longe, também é relevante procurarmos sentir mais a realidade e escutar o nosso corpo, expandindo a nossa consciência gradualmente.
Convido a todos os que saibam de ferramentas para ajudar na definição e alcançar de objetivos, sejam a que nível fôr, que possam partilhar aqui.