Dia 18 - 2023/07/15

Antes de ler este texto, lê antes Sobre a categoria Diario pessoal - científico?

21h27
Nos últimos dois dias não escrevi. O fórum estava em baixo e não me foi oportuno.
Uma breve nota de quinta-feira é que de manhã ainda fui ao ambulatório, onde costumo ter as minhas consultas, para pedir um relatório clínico e constatar que a médica psiquiatra que me tem acompanhado já não iá aquele espaço há 2 semanas, e não sabiam quando iria voltar.
O formulário juntou-se assim a uma pilha de papéis que já lá estavam para ela rever.
Pergunto-me quando terei o dito relatório.
Durante o dia estive no trabalho, creio que fiz algumas chamadas comerciais e estive a programar para um cliente. Saí do escritório perto das 18h00 e fui ainda um pouco a casa.
Depois fui buscar o meu filho que estava em casa de uns amigos, mais a mãe dele que me pediu boleia. FIcámos lá na casa dos amigos do meu filho um pouco à conversa com a sua mãe, e depois de um período desafiante no sentido de o convencer a vir-se embora lá conseguimos.
Era hora de jantar. Parámos num restaurante local e por ali comemos.
Comi duas empadas vegetarianas e uma salada, e para entrada umas azeitonas.
Provei ainda a açorda de camarão.
Fui levá-los e quando cheguei a casa já passava das 22.00.
O fórum estava em baixo devido a um upgrade mal sucedido do dia anterior.
Fui direto para a cama.
Na sexta comecei os trabalhos pelas 8h00 e saí pelas 16h30, tendo feito 30 min de almoço.
Lembro-me de manhã quando cheguei de não ter trabalho ativo - na quinta tinha pedido revisão de código que estava pendente se não estou em erro, mas o meu colega-chefe não teve disponibilidade para isso.
Quando cheguei na sexta não tinha tarefas atribuídas, pelo que além de filtrar os emails com potenciais clientes e registá-los na plataforma de gestão comercial da empresa, pus-me a ver vídeos formativos de Odoo. No caso comecei a ver vídeos sobre o módulo de contabilidade apresentados pela Eva Lombardo, da Odoo.
Quando o meu colega-chefe chegou mais o rapaz-estagiário, eu disse-lhe o que estava a fazer e ele pareceu um pouco frustrado. Percebi que terá dito algo como “Com tanto trabalho para fazer, como podes estar sem tarefas ?”… criando um sentimento de tristeza e alguma raiva até, já que escutei aquilo como se fosse uma acusação, negando a minha responsabilidade sobre o tema.
Até podia no dia anterior ter antecipado aquela situação e pedido-lhe mais tarefas, como às vezes faço…e já não sei se o fiz se não. O que é certo é que se gerou aquela situação e que depois ele tratou de me encaminhar uns emails de um cliente e a pedir para eu ver - após terminar os trabalhos para o outro cliente em que estava a trabalhar e que ele entretanto teve oportunidade de rever.
Após ele rever perguntou-me algo específico sobre o negócio do cliente, para saber se estaria endereçado e eu disse que ia investigar se era possível fazer “out-of-the-box”, i.e., sem desenvolvimentos adicionais - ele estava convencido que sim, e lá fui eu investigar.
Nos entretantos ele começou uma reunião com um outro cliente ou potencial cliente nem sei bem.
Nas minhas investigações não encontrei forma “out-of-the-box” e, uma vez que ele estava ocupado, decidi criar uma solução via código e consegui alcançá-la.
Quando a reunião dele terminou, ele disse ainda que discordava da solução que eu tinha escolhido e depois de eu lhe ter explicado brevemente que não conseguia da outra forma, lá parece ter aceite a solução, acrescentando uns detalhes que achava que o cliente precisaria.
Fiz mais desenvolvimento adicional para ir ao encontro dos mesmos e dispendi algum tempo com o mesmo.
Olhei para o relógio e já eram perto das 15.30 ou assim, e ainda queria tentar dar atenção ao outro cliente.
Lá atualizei o código desse cliente e quando dei por mim já eram 16.20, e já não dava tempo para desenvolvimentos, pois ainda precisaria de descarregar a atual base de dados para a minha máquina local para tentar perceber um problema que estava a ocorrer em produção.
Avisei o meu colega-chefe que não ia conseguir.
Dei-lhe o link para o código do outro cliente que entretanto eu tinha terminado e para um documento em jeito de guia de utilizador que também tinha atualizado.
Despedi-me e fui buscar o meu filho, parando para abastecer o carro com gasolina pelo caminho.
Chegado ao infantário, o meu filho pediu para brincar mais um pouco com os amigos e entretanto umas amigas dele vieram meter-se comigo, andando a correr atrás de mim com uma fralda que não sei se estaria limpa se teria “xixi seco”, que tinham apanhado do chão. Dizer-lhes para deitar a fralda fora não serviu de nada e como repetiram que estava seca, aderi à brincadeira e andei para lá a fugir delas, que me tentavam atirar com a dita fralda com algumas estratégias pelo meio de me tentar agarrar também.
Acabada as brincadeiras lá regressei a casa com o meu filho.
Ofereci-lhe um pião de madeira, feito à mão, que tinha comprado há uns tempos diretamente ao artesão que os faz na sua casa-oficina em Vila Nova da Barquinha.
Ele gostou e esteve a brincar um pouco com o pião - eu tinha um para ele e um para mim. Ainda tentámos uma espécie de batalha e piões, mas os piões pareciam não querer muito andar à batalha.
Não sendo novamente dia de ele ver desenhos animados (uma consequência ainda do comportamento de sábado), lá ele propôs novamente jogar…queria fazè-lo no telemóvel mas lá o convenci a usar o computador. Sempre é melhor para os olhos que o telemóvel…acho eu.
Descobrimos um jogo de diferenças que ele gostou e eu fiquei contente porque acho que aquele tipo de jogos desenvolvem a capacidade de observação e não estimulam o cérebro em excesso.
Era entretanto tempo de jantar - levei umas almôndegas congeladas à panela e cozinhei também um pouco de esparguete. Antes disso dei-lhe meia meloa para comer.
Foi comer, lavar os dentes e ir logo dormir.
Fiquei contente pois antes das 22.00 já ele estava na cama e a dormir.
Ainda estive ao telefone com uma amiga e depois de ter preparado as malas para o dia seguinte, fui-me deitar.
eram umas 4 da manhã quando acordo com o meu filho a chamar.
Queria ir à casa de banho… Fiquei contente por ele acordar e pedir, ao invés de simplesmente fazer na cama.
Fui com ele, ele voltou para cama e adormeceu logo de seguida, e eu, regressado à minha cama, também.
7 da manhã acordo novamente com ele a chamar.
Comemos o pequeno almoço - uns “All-bran” do continente com mirtilos para mim e ele uma mistura desses mesmos ingredientes e uns outros cereais biológicos.
Depois ele queria jogar novamente no telemóvel e tendo eu visto no dia anterior que agora o Google Play também dá para correr no pc ainda jogámos um pouco. Já não sei se ontem se hoje, jogámos também a um jogo do Ninjago no site da lego…basicamente estive eu a jogar a maior parte do tempo, tentando-o desafiar a ser ele a jogar, para aprender tb a lidar com a frustração.
Fizémo-lo em conjunto. Talvez ele tenha aprendido um pouco só ao ver a quantidade de vezes que eu “perdi” e voltei a recomeçar, até terminarmos o jogo que era passível de jogar.
Depois ele quis ver uns desenhos animados e eu fui-me lavar.
Terminei e já estava perto da hora da mãe dele chegar para o buscar e preparei-o para desligar e chegado o momento acordado, desliguei e ele aderiu à minha proposta de se ir vestir, ainda que antes tivesse primeiro de “preparar os bonecos para levar”… em que escolheu os bonecos e os seus acessórios e foi preciso eu insistir um pouco para ele se vestir.
Ao inicio ainda queria vestir a roupa do dia anterior, mas desta vez não lhe dei outra opção: disse que essa roupa já estava para lavar ( e estava) e que aquela era a única roupa para ele vestir.
Lá se vestiu enquanto eu fui ultimar a preparação da mala. Despedi-me dele, ele deu-me um abraço e eu disse-lhe que se quisesse me podia telefonar durante este período em que estarei mais distante.
A mãe dele chegou, eu disse que os podia levar à estação - pensando na estação mais perto de casa, e ele propôs levá-los à estação de comboios de Lisboa. Reconsiderei e como ia naquela direção decidi levá-los até lá.
Pouco antes das 14h00 chegava eu a Estremoz, para almoçar com os meus pais, a convite deles.
Comi um hambúrguer “de caça”, que optei ser de veado em vês de javali, sendo que perante alguma minha indecisão, perguntaram por mim “qual é o mais tenro?” e eu fui por essa via - a do veado. Acho que nunca tinha comido carne de veado.
Ainda pensei um pouco nesta indecisão…e se precisaria mais tempo para escolher…pensei depois da escolha feita como é que teria aquele veado morrido, vindo-me à memória uma notícia que deu em tempos de uns caçadores encurralarem vários veados numa quinta e matarem-nos.
Passou-me o pensamento, agradecendo aquela saborosa carne.
Desfrutei da comida e da companhia.
Seguimos todos para a Casa de Alba. Chegámos, fizémos um compasso de espera e entrámos.
Fomos acolhidos pelas duas pessoas de serviço na casa - uma assistente social e uma psicóloga estagiária.
Entreguei os contratos e o regulamento interno assinados como pedido, e fiz a transferência da caução.
Mostraram-nos a casa. Reparei num vidro rachado do corredor, que nos explicaram ser devido a um incidente no mês passado, e fiquei a pensar no que teria ali acontecido. Pus o pensamento na gaveta e continuámos a viagem pela casa.
Os meus pais foram-se embora.
Observei em mim alguma reatividade quando ao sair, disseram para as pessoas da casa para “cuidarem bem de mim”…Pensei no imediato: mas eu sei cuidar de mim… e ao mesmo tempo observo a escolha de vir para este local, onde também, efetivamente, sou cuidado. E que bom que é ter várias pessoas que querem “cuidar de mim” - por mais que eu precise também de o fazer.
Entretanto tinham-me dado mais uma série de papéis - termos de responsabilidade - para assinar com mais regras da casa. Estive a ler e responder. Além dos termos tinha um calendários com as atividades da casa, os horários e um questionário com perguntas de escolha múltipla sobre como tinha sido a minha última semana.
Ao responder percebi que a minha última semana até que não foi nada má (considerando o tipo de perguntas que ali vi, e as respostas que dei, até estou bastante bem).
Testei o wifi no quarto para perceber que não funcionava. Expus mais tarde essa questão e partilharam comigo que podia haver uma solução, que seria alternar o local onde o router estava situado.
Nos entretantos, vim com o computador para a sala comum, de onde escrevo.
Jantámos pelas 19.45… reparei que a lasanha vegetariana já tinha acabado (e era o que me apetecia), pelo que optei pelo frango com esparguete e uma sopa de peixe.
Antes disso já tinha colocado uma série de questões logísticas que vi todas respondidas, de forma bem simpática e eficaz.
Fui o último a sair da mesa de jantar.
Pensava eu que ia lavar o meu prato, quanto percebo que há escalas - parece que há uma pessoa responsável por lavar a cada dia, ou algo assim.
Uma coisa que me incomodou, ainda antes de ir buscar a comida, foi ser preciso usar máscara quando se vai buscar a comida…Parece que foi uma medida que ficou depois do Covid - apresentada como uma medida de higiene… Disse que não ia elaborar sobre o tema e lá meti a máscara enquanto me servia…apenas para me aperceber do calor que aquilo me fazia !
Também antes de jantar chegou o vigilante noturno, com o mesmo nome do meu filho. Cumprimentei-o e falámos um pouco, antes de se iniciar os movimentos para o jantar.
Entretanto, depois do jantar, já estava eu aqui sentado e veio a assistente social de serviço oferecer um gelado. Aceitei de bom grado, ainda que por breves momentos pensasse que aquilo não era a opção mais saudável, e agradecendo a possibilidade.
Soube entretanto que temos um orçamento semanal para ir às compras, onde podemos escolher coisas para o nosso pequeno-almoço e lanche, já que o almoço e jantar são escolhidos (e servidos) por um lar local com quem a Casa tem uma parceria segundo entendi.

E assim é, sentei-me aqui, consegui, rápida e felizmente resolver o problema com este fórum, e comecei a escrever.
E assim termino.
Boa noite.
22h46 - 1h19 minutos de escrita (com um gelado pelo meio e uma interrupção temporária da internet). Ufa !