Dia 33 - 2023/07/30

Antes de ler este texto, lê antes Sobre a categoria Diario pessoal - científico?

6h04 de dia 31

Acordei pelas 2h30 e fiquei na cama até às 4h00 mais ou menos a tentar dormir, creio que sem sucesso… Pude ouvir o apito regular de um dispositivo na sala das maquinas que diz “avaria no variador” qu espero ser resolvido esta semana. Ouvi a cadela Alba a ladrar ao longe e de tempos a tempos o que parecia um motor a arrancar.
Peguei no tlm e apareceu-me um podcast do Jay Shetty, que encontrei recentemente e decidi subscrever. Neste ele entrevistou Dave Ramsey, referindo-se ao seu livro Baby steps to become a millionaire.
Ouvi e gostei de ouvir um americano, multi-milionario, que recomenda a não divida, a poupança (ter um fundo de emergencia), o investimento, o comprar casa propria, e por fim, assegurados os passos anteriores, a generosidade.
Gostei tto da entrevista que subscrevi o podcast do Dave Ramsey tb e estive a ouvir mais uns videos dele ou a falar dos seus 7 passos (um deles sendo o poupar para pagar os estudos aos filhos).
Observo que aprendi esta cultura de não dívida (além das casas) com os meus pais, mais por observação do que propriamente por me terem ensinado.
Cada vez mais acho que a educação financeira é importante.
E esta manhã lembrei-me de ouvir um dos meus pais censurar o outro por estar a falar de dois temas comigo.
Uma das vezes foi sobre dinheiro (acredito que com receio que eu fosse cegamente a correr investir em criptomoedas) e outra das vezes sobre psiquiatria em contexto em que potencialmente outras pessoas, estranhas, poderiam ouvir.
Acredito que a intenção fosse, em parte, proteger-me: de perder dinheiro por um lado e de ser estigmatizado por outro.
Pergunto-me donde virá esse comportamento de querer censurar o que o outro está a querer dizer. Terá essa pessoa sido censurada no seu passado também, e a repetir isso?
Por mais protetor que possa pensar ser, observo alguma raiva e medo em mim (usando a linguagem das 4 emoções base: alegria, medo, tristeza e raiva). Raiva porque é como se tivesse a tratar-me como uma criança indefesa, com base na premissa que sou muito influenciável pelo que oiço dizer. Em parte reconheço esse lado influenciável em mim, e como no passado, mesmo na minha vida adulta, me deixar influenciar sem grande pensamento racional, pelo que outros dizem como sendo verdade, sem refletir muito se tb pode ser verdade para mim. Há um lado “crente” em mim mto forte, que tenho aprendido às vezes funcionar a meu favor e outras não…e acho que tenho vindo a fortalecer os meus filtros protetores, oferecidos pelo meu cortex pré-frontal e não só.
E qual é o “mal” de ser tratado como uma criança indefesa? Bom, diria ser um pouco como um adolescente que quer ser visto como um adulto, numa cultura em que o patriarcado e resquícios de matriarcado são dominantes…Não falo em termos de idade cronológica, mas sim de estado de ego.
Acho que vivo a adolescência do meu ego: Ainda me afeta o que os outros me dizem ou dizem sobre mim, e já não guardo para mim o que sinto ou penso sobre esses dizeres, nem aceito como verdades (o que me parece acontecer num estado de ego de criança, que inconsciente quer aprender a sobreviver/prosperar na vida e como tal imita os comportamentos e atitudes dos que a rodeiam que são mais velhos, ou que crê serem mais experientes).
Esta ideia de estar na adolescência do ego é reforçada por estar a ouvir o raio do apito que vem da sala das maquinas repetida e constantemente e de em parte achar que não posso fazer nada em relação a isso sem ser esperar que venha o dito “especialista”), e permitir-me irritar com isso. Tv um melhor uso da rwiva em relação a este som fosse pesquisar e aprender mais sobre como resolver o problema do variador…(quando fui lá com o técnico - assistente social de formação académica - da casa ele ainda carregou na tecla “F3”, tb em jeito de imitação do que terá visto o outro especialista fazer da ultima vez que este problema aconteceu e efetivamente o som parava por instantes…apenas para voltar mais tarde…)
E ainda para mais a informação que tenho é que não sabem o dia da semana em que cá vem o “especialista”.
Enfim…agora tb n sei a marca da maquina que esta para ali a apitar e não tenho acesso a ela sem acordar ninguém (dizem que toca o alarme se abrirmos uma das portas de emergencia que dão para o exterior…ainda que tenha algum cepticismo em relação a esse dizer, por não ver nenhum sensor a olho nú ao pé das portas de emergência), partir vidros ou arrombar portas: pois não me parece que nenhum destes comportamentos alimentassem o tipo de adulto que quero ser: um que está bem consigo e com os outros em seu redor.

6h47 - 43 minutos de escrita sobre o hoje: nos planos da ação e do pensamento.

Sobre ontem, domingo, dia 30.
Saí do quarto depois da escrita matinal, para ir comer o pequeno almoço já habitual…acabando com os últimos mirtilos que tinha. Depois fui buscar o computador e sentei-me na sala, passando as 20 atividades profissionais sugeridas, e as possibilidades para saber mais sobre elas, recolhidas das duas vezes que repeti a missão da carreira em mylifequest.io, para o Trello, que tem uma vista kanban e me permite organizar e priorizar melhor o meu tempo.
Creio ter visto tb uma outra entrevista do Jay Shetty a um Singh com um nome que começa por J, sobre mais uma vez o tema das finanças pessoais e como criar riqueza (e como sinto ser importante esta educação financeira hoje, para um dia a passar ao meu filho, já quiçá mais adaptada á realidade portuguesa/europeia).
Gostei de o ouvir, tendo subscrito o podcast dele (acho que se chama MinorityMindset) e decidi comprar uma subscrição anual de um programa de educação financeira que ele tem.
Observo que ando a investir muito em educação online nos ultimos tempos: observo-o com cautela e consciencia de que sofro do vicio/necessidade de “auto-atualização”, conceito explorado pelo Maslow na sua hierarquia de necessidades…e sabido por muitos “marketeers” e vendedores da atualidade.
Este tema da necessidade de educação financeira não é novo para mim, sendo que tornou-se mais consciente há dois anos quando fiz o Lifebook e a área financeira surgiu como importante para poder alavancar a àrea da qualidade de vida e todas as outras.
Ao escrever isto recordo-me em simultâneo de que o que quero é independencia financeira…e que isso passa quer pela redução da despesa, quer pelo aumento da receita. E que isso é apenas um meio para atingir um fim: a máxima liberdade para ter a melhora qualidade de vida possível e tb a poder proporcionar primeiro ao meu filho e depois a outras pessoas a meu redor, num crescente no que toca a graus de interação: dos mais proximos para os mais distantes.

Receberei assim diariamente uma newsletter com “Market Insights” e terei acesso às ditas formações…podendo cancelar e ter o dinheiro de volta no prazo de 60 dias se assim o quiser. (Observo que isto é tb por si uma estratégia de marketing, que transmite segurança emocional e que acho que há uma alta probabilidade de não cancelar o programa, ainda que tenha sempre a opção de o fazer ,como já fiz no passado noutro programa - sobre inteligencia artificial, com a lei europeia dos 14 dias para devolução do meu lado).

Adiante.
Nessas visualizações e compras, estava no quarto já passada a hora de almoço quando uma das residentes veio bater a porta e perguntar se ia almoçar - acredito que algo preocupada, dado que costumo cumprir mais ou menos os horarios das refeições. Terminei o que queria fazer e fui comer.
Comi sopa de tomate com pão e um ovo cozido e acho que bifes, tv de peru.
No final do almoço, estava eu a comer e mais duas ou tres tecnicas sentadas à mesa e tb o novo residente, ouvindo-o falar do tema da mudança de quarto e afirmando que eu me tinha voluntariado para ele vir para o quarto onde estou e seguindo-se a pergunta da minha psicoterapeuta se tinha sido voluntario à força. Não respondi, pensando para mim mesmo que não me tinha voluntariado para isso, dando tv indicios que teria essa abertura, dado que acho que o outro homem residente precisa mais de estar no quarto sozinho neste momento que eu. Pensei que poderia ser uma oportunidade “expansão da minha caixa” , ainda que com algum desconforto - pelo risco de dormir pior e ver a minha rotina matinal afetada.

Pensei tb que posso ainda recorrer ao quarto individual se for preciso: acreditando que o preço extra do mesmo será calculado com uma regra de tres simples.
Agora que escrevo apercebo-me que ao aceder à minha memoria ja troquei a ordem dos acontecimentos de ontem… De manhã acho que só tive a ver a dita entrevista e a tratar de comprar o programa e ler a primeira newsletter. De tarde é que fiz a passagem para o trello e, depois disso, fui por a roupa a lavar e lavar o quarto tb.
Depois, pelas 17h00 tivemos o espaço criativo em que jogámos o Papo a Papo, com duas pessoas que ainda nao tinham jogado tb, uma tecnica (a psicologa estagiaria) e o residente mais recente. Jogámos durante uma hora, tendo a tecnica mostrado interesse em adquirir o jogo, ainda que quando lhe perguntei se queria logi disse que por uma questao de deontologia da ordem dos psicologos preferia fazê-lo só no final, aquando da minha saida da casa.
Perguntei para mim mesmo quanto tempo é que ela irá ter este perfil de seguir essa conduta - lembrando-me que a minha psicologa do SNS, provavelmente veterana dessas coisas de ordens de psicólogos, já me comprou o jogo.
Pelas 18h00 foi a reunião para definir as escalas das tarefas para a semana que se avizinhava e apercebi-me que não tinha feito a rega no dia anterior…Fiquei com algum peso na consciencia, pois segundo o novo sistema de recompensas que ajudei a criar, isso implica cada um não receber 1.88 eur de recompensa. Esse peso passou ao lembrar-me tb que ninguém se lembrou -de o fazer ou de me lembrar…e que é o sistema que criámos a funcionar como é suposto, dando espaço para se fortalecer o espirito de equipa pela “ausencia de recompensa”…o que acho que é sp melhor que multa.
Depois da reunião fui renovar a água e dar os comprimidos à cadela Alba, reparando que a ração colocada no dia anterior ainda estava toda lá. Ela n tem comido, o que tem gerado alguma preocupação e consciencia que ela “já está velhota” (acho que cá está há 9 anos, desde a criação/remodelação da Casa para os fins a que hoje se destina)
Depois disso e porque me pediram, informando que a máquina da roupa ja tinha terminado (queriam ir lavar roupa tb), fui, surpreso por o programa da roupa ger demorado menos do que o tempo que era anunciado, pendurar a roupa.
Feito isso lembro-me depois de estar sentado a tentar colocar peças no puzzle que já estava bem mais avançado - acho que já consegui colocar 3 - da sala e ouvir o novo residente a bater bolas e, percebendo-o sozinho, levantei-me e desafiei-o a jogar cmg…batemos umas bolas e dps fomos jantar, notando eu que estava um pouco suado.
Comi arroz de marisco com uns rissois (aproveitamentos) e para sobremesa tivémos tiramisu…ouvi que tinha café e pensei que era arriscado (pergunto se foi esse o motivo da minha insónia de hoje…sendo um forte candidato, a par com a mudança para um pijama ligeiramente mais quente e com o facto de me ter deitado depois das 23).
O novo residente andava a querer ir ao lixo e fiquei algo reflexivo quando ele passou perto de mim (eu ainda estava a mesa) e disse algo como, falando para o ar, possivelmente para que a auxiliar que estava do lado da cozinha o ouvisse, “Não tem de ser o Diogo a fazer tudo”…e por momentos pensei se se estaria a referir a mim ou ao outro Diogo residente presente e do mesmo grupo dele - encarregue de ir ao lixo, que entretanto vi passar.
A minha reação após esse breve momento de reflexão foi dizer que podia tb ir ao lixo, não tendo ainda visto o outro Diogo nesse momento.
Lembrei-me entretanto que era eu a lavar a loiça comum, pelo que não me era mt conveniente ir, e entretanto o novo residente juntou-se com o outro Diogo e foram eles ao lixo, resolvendo-se a questão.

Ainda estava a lavar a loiça quando uma das residentes me veio perguntar se quereria juntar-me a um jogo de monopólio , fazendo uma pausa pensando se quereria avançar com outro algo e percebendo que não, sisse que sim, e a eles me juntei quando terminei de lavar e arrumar a loiça, entretanto tb desinfetada na maquina.
Quando cheguei à mesa, no exterior, estavam já tres residentes sentados, o tabuleiro posto , a pessoa que aeria a banca escolhida e havia alguma agitação em torno da distribuição das notas…constatou-se que o jogo ainda era em escudos e estavam já a afirmar coisas como “as instruções não são do jogo”, e que “não havia notas de 5000”.
Decidi ver um molho de notas que estava ainda na caixa e descobri as ditas notas…A pessoa que estava como banca disse que as tinha guardado lá e percebi que estaria a dar as notas de acordo com o que se lembrava de um outro monopolio que tinha (que percebi ser de 2023 e ser já com cartão e tb “falar”). Pus-me a ler as instruções e encontrei o local que tinha as quantias de cada nota a distribuir…e nessas voltas acabei de ser nomeado para ser eu a banca…ouvindo uma das residentes a dizer à outra, que era a banca, que já não confiava nela. Depois disso apercebi-me eu de dizer para outro apos um qq comentário que ele fez que ele estava desconfiado e de o ouvir a ele dizer algo semelhante a outra residente…recordei-me dos tempos de surto que vivi há 5 anos e como a desconfiança estava num estado exageradamente presente em mim.
Perguntei para mim mesmo se algum deles teria alguma vez passado por algo similar.
Foram pensamentos passageiros esses, felizmente.
Depois de contarmos e distribuídas as notas todas pelos 4, apercebemo-nos que não havia dado…e ulttapassado o breve momento de duvida se iamos jogar, ao fim de todo aquele tempo só nos preparativos, uma das residentes levantou-se para ir buscar dados a outro jogo. Veio só com um e sugeriu lançá-lo duas vezes para emular o lançamento de dois dados. Ao inicio ainda perguntei pq nao jogar só com um, e tendo a resposta de que assim era mais lento, aceitei a proposta e jogámos…jogámos até às 22.50 mais ou menos e depois de ponderar se continuariamos no dia seguinte (o que teria alguma logistica para o material não voar), optámos por terminar e ver quem seria o vencedor…contando o numero de propriedades adquiridas e o montante em dinheiro.
Ganhei eu, embora os outros tivessem a percepção inicial de que seria outra residente a ganhar.
Fui-me deitar, depois dos dentes lavados, e, depois de ver, contente, uma mensagem a dizer que já teria pronta uma primeira iteração do video Papo a Papo, faltando apenas alguns ajustes e decidido a adiar ver isso para o dia a seguir, não demorei muito a adormecer.

8h18- 2h14 min de escrita! Tempo de me ir lavar e preparar para um novo dia com atividades e que espero com espaço para começar a investigar pelo menos uma das 20 atividades profissionais…e ver o video do Papo a Papo!

Um bom dia para ti que me lês.