Dia 42 - 2023/08/08

Antes de ler este texto, lê antes Sobre a categoria Diario pessoal - científico?

5h22 de dia 9 -
Acordei pelas 4.50 e já não estava a conseguir dormir…tv devido ao calor. Lembro-me que sonhei, e já não me recordo do conteúdo, novamente. Observo alguma frustração e está na minha lista mental de afazeres perceber melhor se esta ideia de me lembrar dos sonhos poder ser benéfica para a consciencia e evolução de mim mesmo é realista ou apenas fantasiosa.

Sobre ontem:
Comi o peq. almoço - o trigo em palitos, com leite de aveia e mirtilos.
Seguiu-se a reunião comunitária às 9.00, onde decidimos, após identificar várias hipóteses, que havia dois possiveis destinos para a visita cultural - eventualmente a ocorrer em paralelo - uma ida a uma piscina com bar e uma ida ao museu da ciencia viva (em que mostrou interesse a residente do gelo e eu tb, e nao sei se tb a pessoa que falou nesse museu - uma das residentes mais antigas), um pouco de escrita neste diario das 9.30 às 10.00, manutenção por essa hora, em que me dediquei a catar erva dos tapetes, e que me lembro de, ao ver a residente do gelo passar, comentar que estava a preparar o nosso campo: isto porque no dia anterior, segunda-feira, algures entre as 18.00 e 19.00 ela desafiou-me a um playfight e o fizémos, em cima desta relva sintética. Fui-me lembrando das “regras” ao longo da prática, começando inicialmente com o ritual frente a frente, explicando as regras para parar e que n se podia bater nem apertar pescoços e que, frente a frente dissemos, ela repetindo-me: Comprometo-me a não me magoar a mim mesmo nem ao outro.
Senti-a bastante resistente e com força e foi uma luta desafiante, em que havia momentos em que ela estava em pé e eu de joelhos, ela tentando-me puxar e eu tentando-lhe agarrar as pernas…
Por momentos consegui colocá-la no chão e em cima dela e ela quase que gritando não (no sentido de que não queria perder acho), várias vezes. Esses nãos incomodaram-me e pensei no que outros podiam pensar se, sem contexto, ouvissem aquilo e me vissem em cima dela. O não parece ter servido o efeito e não ganhei nesse momento. (Tinhamos definido que a pessoa precisava de ficar 5 segundos com os ombros no chão). Ela ainda conseguiu momentaneamente que eu encostasse os ombros no chão, mas no final eu acabei por “vencer” a batalha.
No final, lembrei-me que havia um outro ritual, em que expressávamos o que sentíamos em relação à luta um ao outro e nesse momento o meu colega de quarto decidiu aproximar-se e sentar-se ao nosso lado. Senti algum desconforto mas n percebia bem pq. Dps de cada um partilharmos, acho, vejo-o passar a mão na testa da residente do gelo e senti algo que não gosto de sentir: uma espécie de ciúmes…com pensamentos do género “eles estão próximos” e perguntando-me o que ela sentiria por ele, achando que ele podia sentir algo por ela, até por ter dito logo na primeira noite aqui no quarto que a achava uma pessoa “doce” e que eu concordei internamente creio, sem o reafirmar.
E ou antes do ritual final ou dps, já não sei bem, ela tb o desafiou para um playfight, e dps da nossa luta ela disse algo como “sinto-me viva”, dando-me a entender que gostou (e eu fiquei contente por isso).
Reflito sobre de onde vêm estes ciúmes, dado que não tenho nenhum compromisso com ela nem nunca se passou nada entre nós no plano físico (acho que o mais perto que tivémos, além desta luta, foi tv em 2 ou 3 abraços). Já não posso dizer contudo o mesmo no plano emocional. Efetivamente já tivémos várias partilhas, criando um certo espaço de intimidade.
Ela ouve-me, partilha dela cmg, desafia-me e tb aceita várias vezes os meus desafios…e tb gosto do facto de ela saber estabelecer limites, percebendo-se claramente quando precisa de espaço para ela mesma.

6h03 - o meu colega de quarto acordou queixando-se do calor e que como esta noite havia sido a pior para concordei partilhando sobre mim, que tb achava ter acordado por causa do calor e a conversa ficou por aí, ouvindo-o agora respirar profundamente.

Lembro-me tb, já não sei se escrevi no dia anterior, de na reunião comunitária logo a seguir ao playfight, em que chegámos à sala já com a maioria das pessoas sentadas, a psicomotricista fez um comentário após a partilha da residente do gelo em que disse que tinhamos estado em playfight, sobre os meus joelhos: que ela me “devia ter dado bem” (eu sentia algum ardor nos joelhos e estava dando-lhes “festas”: eles estavam, e continuam, algo “roçados” pois a técnica que usei, e que já tinha resultado no mesmo numa das últimas vezes em que fiz playfight, assentava mt nos joelhos, e é possível que os tenha arrastado pelo chão em algum instante, sem sentir dor no momento)

Dps da manutenção, às 11.30 foi a terapia de grupo, onde pude observar o caminho que tenho feito na minha auto-gestão financeira e na gestão de algumas compras impulsivas, tendo partilhado a técnica que aprendi recentemente (e ainda não apliquei) de se esperar 24h antes de decidir fazer uma compra de algo, para dar tempo para pensar sobre esse algo e se realmente precisamos daquilo.
No final, observei que este tipo de sessões de psicoterapia em grupo são boas pois permitem-me expressar e ouvir os meus pensamentos, ter feedback externo sobre os mesmos, ouvir perguntas que me permitem ir mais fundo, e refletir sobre a minha propria historia ouvindo os outros ao mesmo tempo que desenvolvo a escuta e a relação com todos os presentes.
Reparei tb que estava bastante atento ao tempo da sessão (que percebi ter a duração de uma hora), olhando várias vezes para o relógio, tendo perguntado qt tempo faltava as 12.27, ao que me responderam: 3 minutos.
Antes disso tb a minha psicoterapeuta individual comentou que só tinha mais esta e mais uma sessão de grupo, e que na proxima terça, por ser feriado, não haveria.
Achei que dava tempo para trazer esse tema dos ciumes à superfície, sem entrar em detalhes sobre como tinha aparecido, pois a residente do gelo tb estava presente, e refletindo que o tema dos ciumes esteve nos inícios do meu surto de 2018 - isto já tinha vindo ao de cima noutra sessão, e que a primeira vez que me lembro de sentir ciúmes foi numa relação de amizade no tempo da escola em que acho que tinha uma espécie de ciumes por o meu melhor amigo da altura se ter começado a dar mais com outro do que comigo.

Trouxe o tema dos ciúmes, ligados à pergunta do que me faz relacionar de formas diferentes, mais ou menos profundas, com diferentes pessoas. Quais serão as necessidades emocionais que eu tenho mais presentes que são satisfeitas mais com algumas pessoas que outras?

Estava consciente do tempo e quis trazer o tema para dar tempo para refletir antes da ultima sessão em grupo.

A sessão terminou com uma constatação de uma das psicoterapeutas referindo como o tema das necessidades teve presente mais que uma vez na sessão.

Seguiu-se o almoço, que creio ter comido sopa de tomate com ovo e batata, um pco de bacalhau espiritual e um pouco de cogumelos com noz: era momento de aproveitamentos.

Quando fui para me sentar na mesa, lembrei-me de uma conversa no dia anterior com a residente do gelo em que ela tinha comentado que podia ser interessante os residentes sentarem-se alternadamente para que os técnicos se sentarem entre nós e não todos juntos…e quis experimentar, sentando-me dois lugares ao lado de um dos residentes, na zona onde os técnicos costumam estar, e comentando wue ia fazer uma experiencia em voz alta, de forma a wue a residente do gelo ouvisse…e não só ela ouviu como percebeu e juntou-se a mim na experiência, mudando de lugar para um em frente a mim.
Os técnicos chegaram e tenderam para a mesmas mesas…Fiquei a certo momento com dois de cada lado, havendo uma psicoterapeuta e uma auxiliar que estavam sentadas entre residentes.
Refleti cm gosto de pensar sobre estas dinâmicas sociais e cm é possível desenhá-las e influenciá-las de forma tão simples, cm uma simples mudança de lugar.
E refleti que a cultura do open dialogue, que procura que terapeutas e pacientes se coloquem mais ao mesmo nivel, pode beneficiar, neste contexto de comunidade, se tb se manifestar desta forma tão simples que é as pessoas “misturarem-se” à hora das refeições.

A residente do gelo acabou de comer pelas 13.11 e veio ter cmg dizendo que ia descansar, percebendo eu que ela me diria isso ps íamos à visita às 14.00. Perguntei-lhe se ela queria que eu a fosse chamar às 14.00, ela no imediato disse que sim e logo a seguir disse que não era preciso, que punha o alarme.
Chegadas as 14.00 percebi que as pessoas da piscina tinham desistido de ir e ela ainda não estava no espaço comum e fui bater à porta do quarto dela…bati gentilmente e não tive resposta…fui ao meu quarto buscar as minhas coisas para sair e dps fui ao espaço comum ver se ela já andaria por ali…não estando fui novamente bater à porta, desta vez de forma a sentir-me seguro que ela ouviria. E assim foi, ela ouviu e saiu e percebeu que se tinha enganado na hora do alarme.

Fomos ao centro, que creio que dava para o rossio de estremoz e, lá, veio ter connosco uma guia que tinha um sotaque…a primeira paragem foi numa réplica de T-Rex, um americano, disse ela de forma tão entusiasta que me perguntei se ela teria ligação à América, que foi descoberto de Dakota, em Montana…e nós estávamos a olhar para uma das poucas réplicas feitas a nível mundial…num material resinoso, mais resistente wue o plástico ao que parece .
Estariamos a olhar para um adolescente.
De tudo o que ela disse apenas duvidei das patas frontais do T-rex não servirem para nada…ps tenho ideia de, no pavilhao do conhecimento, na exposição dos dinossauros, ter lido que estas tinham uma qq utilidade… Como não tinha a certeza não contrapus a informação.
De resto fiquei a saber que o T-Rex não era um predador mas sim um necrófago, e que se achava isso por 4 fatores: os olhos laterais, que não teriam angulo, dado o tamanho da cabeça/focinho do animal, para ver em frente de forma binocular, a forma cm ele se deslocava, quase a rastejar, as patas dianteiras de nada lhe servirem e, por fim, a enorme capacidade olfativa, decido ao grande espaço oco existente na zona das narinas.
Fiquei tb a saber que é possível determinar a idade óssea de qq animal através do seu fémur (osso que liga a anca ao joelho ?) E que era possível recolher muita informação através do cócó.

Do resto da exposição lembro-me de bater com um maço grande numa borracha com parafuso ao centro, para fazer subir um cilindro ao longo de um tubo com una niveis e no topo uma campainha…tentámos todos…e embira ao inicio ninguém de nos conseguisse, a guia ter dito que já houve crianças de 6 anos a conseguir, deu-me a motivação necessária para continuar a tentar…acho que bati mais de 10 vezes até finalmente conseguir…e se ao inicio eu batia só de cima para baixo, dps da explicação dela de como as crianças faziam e de ter falhado algumas vezes o parafuso (a técnica é começar a aplicar força desde baixo e fazer um movimento circular), lá fiz a campainha tocar.

Dps pus-me a pedalar, transformado-se a energia (potencial?) do movimento das pernas, em energia (cinética?) que fazia água subir pelas paredes laterais do paralelepípedo retangulo que rodeava a bicicleta e por fim, dps da água chegar ao cimo e ao cair, ligava um rádio que começava a dar música.

Lembro-me ainda de ver um vulcão que entrava em erupção após se fazer força para baixo numa barra em T, de uma máquina de sismos, que registava o sismo gerado com um salto nosso (dei tal salto que momentaneamente me ficou a doer o pé, percebendo que, ao ver a residente do gelo a dar vários saltos, se conseguia ver algo sem aplicar mta força no salto).

Lembro-me ainda da sala dos mármores e da guia dizer que atualmente havia uma lixeira de mármore em Estremoz (esta zona tem mt mármore, havendo aqui pedreiras), derivado dos 80% de mármore recolhido e deitado fora por não ser puro o suficiente para os importadores… Parece que os árabes são dos maiores importadores, e que a maior parte do aeroporto do Dubai , bem cm mts passeios públicos são feitos com “mármore puro” de Estremoz. E que um bloco de mármore branco puro pode custar mais de 200 mil euros (bem mais dos 1000 euros que mandei para o ar quando a guia perguntou, revelando o meu desconhecimento do tema e a minha coragem ao arriscar)…e que os árabes encomendam ao contentor…

Percebi ainda que a atividade do ser humano nos ultimos anos fez acelerar processos de transformação terrestre que a natureza levava s tes milhões de anos a fazer acontecer…e que ha uma previsao de que daqui a 300 milhoes de anos os continentes voltem a estar todos juntos…

Terminada a visita fizémos uma paragem em duas tabacarias, a tecnica foi à farmácia, e comemos um gelado de Portugal.

Regressámos à casa e sentei-me no sofá, terminando a escrita no diário e dps ligando o computador, respondendo a um novo email do pai do meu agora ex-vizinho, e entregando-me à leitura do documento de empresa social até às 19h00.
Reunião comunitária às 19h00, em que se falou na hipotese de ir ver um concerto a Nisa no sábado onde toca o Tiago Bettencourt e a banda de Nisa, onde está uma das psicólogas da casa, bem como de outras possibilidades cm p.ex a Carolina Deslandes ou Pedro Má Fama).
Não tinha ouvido ainda a Carolina deslandes e no final da reuniao decidi fazê-lo e até gostei da voz dela e da melodia e letra de uma musica que ouvi e dps quis ouvir o Tiago Bettencourt e calhou-me a “Canção do Engate”…
Estava a meio da canção quando aparece a residente do gelo e convido-a a ouvir cmg, pois tinha percebido que ela gostava de Tiago Bettencourt… Por momentos ainda me veio uma pergunta à mente: Estaria eu a querer “engatá-la”? Não tenho uma resposta para isso…mas senti-me contente por estar ali com ela a ouvir aquela música.

Terminada a música, ela agradeceu-me e eu agradeci-lhe ter aceite o convite.

O jantar estava pronto e ainda fui ao wc. Quando cheguei ao refeitorio já estava lá quase toda a gente. Era arroz de pato. Escolhi sentar-me junto à residente do gelo.
E dois lugares à minha esquerda estava o meu colega de quarto, fazendo observações sobre a quantidade de pato no prato face à quantidade de arroz dele, que a residente do gelo tb constatou sobre o seu próprio prato e dps, olhando para o meu constatou tb que o meu prato era diferente, que tinha mais arroz que pato.

Lá comi o arroz de pato, percebendo a queixa de alguns dos presentes de que estava mt salgado, ainda que para mim fosse suportável.
Era o ultimo sentado na mesa e a residente do gelo veio perguntar-me, vendo-me ali sozinho, se eu ficava bem. Disse que sim e agradeci, sentindo-me contente por ter a sua atenção.
Entretanto ainda repeti mais uma colher, ficando aquém e ainda assim atendendo ao pedido de comer mais arroz de pato, no sentido de acabar o resto que havia no tabuleiro, que ainda era um pedaço, e com uma argumentação para me tentar convencer dizendo que eu “amanhã tinha ginásio”.

Provei uma das ameixas mais claras, que, segundo a residente do gelo que as tinha apanhado, seriam as mais maduras (versus umas mais escuras que eu e não só intuímos serem mais maduras). Já era doce embora um pouco verde ainda, creio.
Fui lavar o prato e no caminho de regresso cruzei-me com os croissants que estavam na cozinha (já tinha comido um da segunda fornada, com queijo e manteiga, e estava bom) e apeteceu-me um, que levei para o espaço exterior, onde se encontrava a residente do gelo e o meu colega de quarto à conversa, na expetativa de vir a jogar o time’s up, que ela tinha proposto mais cedo e que me pareceu boa ideia.
Quando cheguei ao exterior pensei que havia ali alguma partilha pessoal da parte do meu colega de quarto e que chegou ao fim de forma suave mesmo com a minha presença.
Uma coisa que aprecio na residente do gelo é precisamente este magnetismo dela que leva diferentes pessoas a querer partilhar espaço e tempo com ela.

Percebi que o croissant tinha a base queimada e fii descascando enquanto refletíamos sobre se e que jogo iriamos jogar, após resistencia da residente “do ginasio” a jogar ao time’s up e depois, quando já éramos 5, da constatação de outra residente que os grupos n ficariam equilibrados tb com o time’s up.
A residente do gelo ainda foi à descoberta de jogos de tabuleiro e trouxe o trivial e, após fazer algumas perguntas ao grupo e alguém responder…a residente do ginásio escolheu sair da mesa.
A residente do gelo começou a questionar se se iria retirar oi se continuava, mencionando o tsuru (entretanto o meu colega de quarto tinha pendurado o caça sonhos com vários tsurus e palavras de boa energia, ali no exterior) e surgiu-me a questao sobre se o tsuru existia na realidade e fui ver à net no tlm…
Comecei por descrever o que era o tsuru e deparei-me com a lenda dos mil tsurus.
Perguntei se queriam ouvir e a residente do geli disse que sim, com a condição de eu ler de forma dramática…e assim tentei, usando pausas e entoações…até que senti alguma tristeza com a historia, pois teria acontecido com uma rapariga que sofria leucemia devido aos residuos tóxicos deixados pela bomba atomica em Hiroshima. Comentei que era algo triste e dps acho que não consegui mais aplicar o tom dramático.
Terminei a leitura e a residente do gelo disse que se ia recolher…senti tristeza por vê-la partir e pensando se a historia a teria impactado, virei-me para trás, ela já estava a atravessar a porta, e ela disse que tinha apreciado a história, cm que ouvindo o meu pensamento…
Dps ainda li que o tsuru representava a saude, a felicidade, a paz e outras palavras relacionadas com bem-estar. E pensei se ela gostaria tb de saber isso.
Ficámos entretanto só dois residentes no exterior.
Estava a olhar para o tlm e quando reparo tenho o meu colega de quarto a regressar ao exterior e a perguntar sobre a outra residente…que tinha saido sem eu me aperceber. Refleti sobre como o tlm por vezes me consome e desvia de relacionar com as pessoas presentes, e dps escolhi ir para o interior, continuar a ler sobre as empresas sociais em Portugal. Era pouco dps das 21h00.

Entretanto o meu colega de quarto entrou na sala e mudou de canal e estava a dar um filme que me pareceu interessante, que metia magia…e ele disse que era da mesma autora do Harry potter e confirmou perante uma afirmação minha ao ver o Dumbledore novo, que isto se passaria antes da série do Harry Potter…
Dei mais atenção ao filme e nos intervalos continuei a minha leitura…
Eram já 22h59 e o filme continuava e era preciso eu recolher-me para o quarto…fiquei com alguma tristeza e ligeira raiva por haver horário de recolhimento (a primeira vez que me aconteceu desde que aqui estou) e anotei o nome do filme, desliguei o computador, e ia rumo ao quarto quando no exterior vi o prato com os restos queimados do croissant.
Poisei as coisas, levei o prato para a bancada do lava-loiça, deitando os restos no lixo, e fui para o quarto, escolhendo lavar os dentes e dps dormir.
Pus os tampoes e adormeci.

8h36 - 3h14 min de escrita. observo que ainda queria escrever sobre o que tenho recolhido do doc. Das empresas sociais…e que ao mmo tempo quero ir lavar-me. Escolho escrever resumidamente então: neste documento não só tenho aprendido sobre os vários tipos de organizações que existem neste dominio (associações, cooperativas, fundações, misericórdias, organizações filantrópicas e ongds) como conhecido organizações que desconhecia e que me parecem bem interessantes de aprofundar…
Pergunto-me quanto tempo mais precisarei para tomar uma decisão profissional…consciente que se for a este nivel de detalhe para cada uma das 20 que identifiquei…pode ainda demorar meses…se não anos, a tomar a decisão. Medo. Acredito que será mais rápido e que saberei equilibrar este gosto em “saber mais” com a vontade de “fazer mais”, de forma alinhada com os meus valores.
8h41