Dia 53 - 2023/08/19

Antes de ler este texto, lê antes Sobre a categoria Diario pessoal - científico?

9h28 de dia 20
Ontem…Algures entre as 7.30 e 8 comi o peq. almoço: o que tinha dado ao meu filho e ele n quis comer, por achar mt doce: uns flocos do continente tipo Nestum.
Deixei-o ver desenhos animados e jogar um jogo do sonic no tlm. O “tempo de ecrã” não terá ulttapassado os 40 min.
Dps ele esteve a desenhar e a brincar.
Já o vi tb mais interessado pela “mini-guitarra”, o que me trouxe alguma satisfação.
Nos entretantos arrumei e lavei loiça, e tomei banho.
Dps de mt tempo a ouvi-lo a pedir um brinquedo novo e de eu dizer que não, acabei por concordar em lhe comprar um novo se ele desse alguns dos que tinha a uma associação de solidariedade. Ele disse que preferia dar a um amigo…e no fim o acordo foi, caso o amigo não queira, então ele dar a uma associação/organização de solidariedade social.

Gostava de lhe transmitir estes valores da generosidade e solidariedade, que considero tao importantes, não só em termos sociais mas também em termos de satisfação pessoal.

Concordámos em ir primeiro a uma papelaria aqui perto de casa e falámos noutras duas tb.
Eu disse-lhe que tb queria ir comprar fruta ao mercado.

E assim fomos primeiro à papelaria, onde ele não encontrou nada que estivesse à altura dos seus desejos, e dps comprar fruta, tremoços e frutos secos.
Acedi comprar alguns pinhões, embora tivesse visto o preço de mais de 80 eur/kg (!), dando pc mais de 7 eurs só pelos pinhões, e internamente pensei que tão cedo não voltaria a comprá-los.
Voltámos a casa, trazendo-o intermitentemente ao colo, querendo por um lado atender a esta necessidade dele de colo (sobre a qual observo um dialogo de partes dentro de mim: uma a achar que estou a alimentar comodismo e pouca pré-disposição a andar a pé e outra que gosta de o ter abraçado a mim e que acha tb que ele pode precisar deste tipo de contacto/afeto da minha parte) e por outro lado treiná-lo para as férias que se avizinham, em que n vou nem querer nem conseguir andar sp.c ele ao colo.
Almoçámos mais um pedaço do arroz de atum do dia anterior e fiz, por pedido e sugestão dele, um sumo de melancia para bebermos.
Logo dps de almoço saímos rumo à Praia das Maçãs, onde ele conhecia dois sitios com brinquedos e revistas (eu só sabia de um).
Lá chegando, constatámos que o primeiro sitio, um café ao pé da farmácia, já não tinha revistas e jornais, parecendo que teria mudado a gerência.
Ele mostrou-me o segundo sítio: a “Loja da Gina”, um pouco mais em baixo. A sra que estava a atender, já c uma certa idade, estava ao telefone e assim continuou enquanto nós explorávamos a loja em busca das revistas que ele queria.
Sem sucesso, ele ainda mostrou interesse nuns oculos de sol, mas eu achei que não seriam bons para a vista dele e não quis comprar. Entretanto escolhi interromper a sra e perguntar-lhe sobre as ditas revistas e ela, dizendo que não tinha, referenciou os dois sitios mais perto onde provavelmente as encontraria e confirmou a minha suspeita de que o café ali perto teria mudado de gerência.
Perguntei se ela era a Gina, ela confirmou, mostrando tb querer saber o meu nome, por via indireta (dizendo…eu n sei quem vc é).

Respondi-lhe com um automático encolher de ombros, com o meu primeiro nome e dizendo que morava em Sintra (mais tarde refleti sobre este encolher de ombros…algo que tv fosse indicativo de eu considerar n ser ng conhecido/importante…e pensando mais sobre isso, observo que parte de mim não se importava de o ser: uma forma medrosa - por medo de alguma espécie de repressão sócio-cultural - de dizer que gostava de o ser, e outra entretanto a dizer que já sou…ainda que não na escala a que a outra almeja).
Entretanto a sra começou a falar da vida dela, que tinha tido um avc há uma semana, que era viuva ha uns 12 ou 18 meses ou algo assim…e enquanto ela falava, o meu filho puxava-me para irmos embora, dizendo-lhe eu para esperar.
Passado pco tempo e observando uma pausa no discurso dela, desejei-lhe saúde e bem-estar e ela desejou-me o mesmo, e saímos.
Ainda fantasiei por breves momentos sobre a possibilidade de eu ter ou geir um espaço físico, loja ou não…e hj até elaborei mais essa fantasia…pensando que se poderia chamar Utopi, e ter produtos locais e coisas viradas para um presente e futuro mais ambiental e socialmente regenerstivos. Quiçá ainda vá novamente à praia das Maçãs explorar possibilidades com a sra?

Parámos na aldeia da praia onde fiquei a saber tb existir uma secção com revistas (ligada á loja Amanhecer) e ele n encontrou lá o que queria, parecendo nao se interessar pela última edição da revista preferida dele. Eu por outro lado encontrei duas interessantes, ainda q n as tenha comprado…uma que se me recordo bem se chama Sustentável…e tinha curiosamente um texto a referir alguns trabalhos mais solicitados no Linkedin nos ultimos anos…alguns deles na minha lista de possiveis atividades profissionais futuras (a revista creio estar ligada ao grupo ou empresa Abilways e tinha no verso da capa um anúncio da Helexia, onde trabalha uma ex-colega minha de uma pós-graduação que fiz em Gestao de Energia e Eficiência Energética)…e a outra era da National Geographic, desmistificando os Vikings (que afinal n seriam tao bárbaros assim, tendo atitudes similares a outros da sua época).

Saímos da loja e rumámos ao quiosque da Vàrzea de Colares.
Ali ele encontrou algo que gostava, um dinossauro, que estava dentro de uma embalagem fechada e n permitia ver que dinossauro seria. Comprei, e percebemos que era um Tiranossauro (curioso observar que foi tb uma réplica deste que vi em Estremoz).
Dps de um bocadinho a mexer nele no carro ele disse querer ir para minha casa e rumámos com esse destino.
Estacionado já, ele mudou de ideias e disse que queria ir para casa da mãe…precisamente no instante que eu tinha acabado de enviar uma sms a dizer que o ia levar lá mais para o fim da tarde…Telefonei e confirmei que era viável levá-lo já e assim foi.
Lá chegados ele dps foi brincar com um vizinho amigo e eu, dps de falar o que precisava c a mãe dele e de ele me dar os bonecos para dar ao amigo, voltei para casa.

Troquei msgs c uma amiga, e vi um estudo que mencionava alguma (19%) insatisfação laboral
em profissões tidas como socialmente inúteis…
Ali encontrei uma referência a David Graeber e dps andei a explorar mais sobre este autor, tido cm anarquista e antropólogo, que trabalhava na Universidade de Londres.
Fiquei curioso sobre o último livro dele “Dawn of Everything: a new history of humanity” e tb sobre o Bullshit Jobs.
Até perto das 21h00 estive a ler uma critica ao Dawn of Everything, que mencionava que lhe teria escapado algo essencial na construção das sociedades humanas de tribos antigas (nativo-americanas), nomeadamente que nestas pareciam existir vários géneros e não só dois e em alguns casos se indiciava não existir de todo o conceito de género e pelo menos num caso se teria identificado pessoas não-consanguineas de diferentes idades a viver em conjunto na mesma casa.
Esse texto está em

Jantei novamente arroz com atum e partilhei este texto c algumas pessoas do meu circulo mais proximo e, dps de algumas interações, e loiça e dentes lavados, fui-me deitar…acho que eram 23h23 a última vez que olhei para o relógio.

11h00 - 1h32 min de escrita.

Observo parte de mim questionar o propósito de tanta escrita e da sua utilidade futura. Será este um bom uso do meu tempo? Quais serão os resultados práticos?
Algumas possibilidades, além do propósito inicial escrito no texto sobre esta categoria, são tb ajudar-me a organizar o pensamento e a refletir sobre o passado, no sentido de alinhar mais o meu presente e futuro com as realidades que quero construir e idealmente viver.

Sei de algumas pessoas que leram estes textos no passado, e observo o numero de leituras de cada texto…e que gostava de saber mais o que pensa e sente o leitor sobre tais leituras…serão estas tb um bom uso do seu/teu tempo? Porquê? Adorava saber…podes partilhar, se assim o quiseres, por msg privada ou deixar um comentário cm resposta (caso estejas ou te queiras registar neste meu forum)

Sigamos caminhando.

Intenções para hoje, possivelmente observadas a casa, comer, ler mais do livro dos génios, ouvir o Jaspreet (parte de mim acha que tb havia de dar atenção a outros programas em que estou inscrito), eventualmente enfrentar o medo de explorar a fantasia da praia das maçãs e ir sentindo e vivendo o dia à medida que se vai desenrolando.

11h12 - mais 12 minutos de escrita